18 Agosto 2018 - 09:55

Bebê morre dentro da barriga de jovem de 22 anos após médicos se recusarem a realizar cesária

Arquivo pessoal
Jovem de 22 anos infelizmente não retornou com seu bebê para casa

E o sonho da primeira gravidez finalmente acontece! Para a maioria das mulheres este é um momento mágico, mas para uma jovem do interior de Alagoas não foi bem assim.

Com mais de 40 semanas de gestação, o sonho de uma jovem de 22 anos, moradora do bairro São Francisco, na cidade de Palmeira dos Índios, não pôde se concretizar.

De acordo com uma familiar da gestante, o bebê que Bruna esperava morreu em seu ventre após os médicos do Serviço Único de Saúde (SUS) da referida cidade se recusarem a realizarem o procedimento cirúrgico, no caso, uma cesárea.

Segundo a parente da jovem, a gravidez de Bruna ocorreu tranquilamente, com todo pré-natal sendo feito na Unidade de Saúde do bairro São Francisco, na mesma cidade onde mora.

“A gravidez da Bruna foi tranquila! Ela fez todos os exames de sangue, de ultrassom, tudo que foi pedido ela fez e sempre foi bem atendida a Unidade de Saúde do bairro. Quando ela estava no oitavo mês de gravidez, nós a levamos para uma consulta com uma médica ginecologista particular. Ela pediu uma ultrassom. A Bruna fez e foi constatado que estava tudo bem com o bebê e com a mãe. Minha prima não teve pressão alta, nem diabetes durante toda a gestação”, destacou Betânia.

Ainda segundo ela, após a ultrassonografia, ficou constatado que a data prevista para o parto era dia 10 de agosto.

“No dia 10 de agosto eu liguei pra médica e ela me disse que nós levássemos Bruna até a maternidade e nos orientou a informar ao médico plantonista que a gestante já estava com 40 semanas. A própria médica ligou para a maternidade, pedindo para que fizessem o parto cesárea devido as 40 semanas e se passasse disso, poderia prejudicar a saúde do bebê”, relatou Betânia. 

Ainda segundo a parente de Bruna, a gestante foi à Maternidade Santa Olímpia e esperou por atendimento, por pelo menos 2 horas. “Depois de esperar por volta de 2 horas a Bruna foi atendida pelo médico plantonista. A Bruna mostrou a ultrassom ao médico e disse que estava com 40 semanas de gravidez. Ele olhou o exame e disse que ela estava com 39 semanas e 5 dias. Ele examinou a Bruna, ouviu o coração do bebê, disse que estava tudo bem e mandou ela ir pra casa. O médico ainda disse que não tirava bebê antes da hora, sendo que ela já estava com 40 semanas”, ressaltou Betânia.

Na segunda-feira (13), Bruna retornou a mesma maternidade, acompanhada por sua mãe. “Era outro médico que estava de plantão, antes mesmo de examinar a Bruna, ele disse que ela era muito jovem, podia ter parto normal. Depois, ele fez o exame de toque, disse que estava tudo bem e mandou a Bruna ir para casa e esperar a contrações para voltar à maternidade”, contou a parente da gestante. 

Na terça (14), a gestante voltou a mesma. “Desta vez, era uma médica que fazia o plantão. Bruna foi bem atendida, mas já era tarde demais. Quando as enfermeiras a examinaram para tentar ouvir o coração do bebê, não conseguiram, porque o coração dele já não estava batendo. Chamaram a médica plantonista para examinar, foi feito ultrassom e a médica confirmou que o bebê estava morto dentro da barriga da minha prima”, lamentou Betânia.

A gestante então teria sido levada para um apartamento, mesmo sendo uma paciente do SUS. “Esse seria o procedimento normal nesse tipo de situação, de acordo com o que disseram lá, para evitar que a gestante fique na enfermaria junto com as outras mães, com seus filhos, enquanto o dela está morto. Depois fizeram o procedimento cirúrgico para tirar o bebê e a Bruna ficou internada. Ela teve alta médica na quarta, dia 15 de agosto”, relatou Betânia. 

Completamente abalada, a jovem retornou para casa sem o filho e agora guardará para sempre os momentos em que passou até as 40 semanas de gestação. O caso será investigado.
 

por Redação

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  • emanoel E A HISTORIA SEMPRE SE REPETE NESSE BRASIL QUANDO SE TRATA DE SUS, TODOS TIRANDO O SEU DA RETA É MAIS UMA QUE VIDA SE FOI