A Agência Nacional do Cinema – ANCINE, em uma ação conjunta com o CTAv (Centro Técnico Audiovisual) e a SAv (Secretaria do Audiovisual do MinC) - dará um novo passo para ampliar o desenvolvimento de todos os elos da cadeia produtiva do audiovisual. Já está sendo formulada a linha de investimento do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) em capacitação e formação de profissionais para o mercado do audiovisual.

O objetivo da linha, que funcionaria na modalidade de fluxo contínuo, é viabilizar ações de formação em diferentes níveis de aperfeiçoamento técnico e artístico, visando o enfrentamento da escassez de mão de obra técnica e o aperfeiçoamento artístico nos diversos polos de produção audiovisual, em todas as regiões do país. A capacitação será acompanhada da entrega de produtos audiovisuais, o que estimula não apenas a formação de quadros técnicos, mas a produção e exibição de conteúdo audiovisual ao longo do processo, facilitando a ampliação do mercado de trabalho de ponta a ponta.

“Temos uma expansão do mercado, principalmente no setor de produção, que deve vir acompanhada de uma maior profissionalização. É preciso entender às demandas desse mercado, que áreas estão mais descobertas, para investirmos em atividades de capacitação. Não podemos só formar, é preciso pensar também na inserção do profissional no mercado de trabalho”, avalia o diretor-presidente da ANCINE, Christian de Castro, que visitou a Central Única de Favelas (CUFA), em Madureira, bairro da Zona Norte do Rio, para conversar sobre possíveis parcerias para implementar cursos de formação audiovisual no local. “Será imprescindível para o sucesso dessa Linha a articulação entre ANCINE. SAv e CTAv com a sociedade civil, com os entes locais e com as instituições de ensino”, completa. 

De acordo com Daniela Pfeiffer, diretora do CTAv, a meta para 2018 é montar um projeto de formação com cursos presenciais e à distância que possa aproveitar a vocação natural do Centro: a formação técnica. “O aspecto técnico será uma das abordagens dos cursos de capacitação que iremos oferecer. A outra diretriz dos cursos irá focar o audiovisual sob o ponto de vista do negócio”, diz Daniela.

“Temos todo o interesse em usar nossa infraestrutura em todo o Brasil para levar treinamento e capacitação para uma mão de obra que precisa de acesso ao mercado e hoje não tem”, diz Celso Athayde, CEO da Favela Holding e fundador da CUFA. “Trata-se de empoderar as periferias e as comunidades dando a voz e trabalho a quem não tem oportunidades”.

A proposta dos editais na Linha de Capacitação do FSA, que devem ser divididos em Gerencial e Técnico, ainda precisa ser aprovada pelo Comitê Gestor do Fundo Setorial do Audiovisual. A próxima reunião acontece no início de maio.   

por Assessoria