19 Setembro 2019 - 08:09

Athletico cala o Beira-Rio, vence o Inter e é campeão da Copa do Brasil

Divulgação
Athletico ergue sua primeira Copa do Brasil no Beira-Rio

O Inter conclamou a força do Beira-Rio lotado como fator diferencial para erguer o bi da Copa do Brasil. Mas nem mesmo a energia emanada por 50 mil almas que lotaram as arquibancadas em noite de recorde foi capaz de evitar o gosto amargo do vice, com derrota por 2 a 1 para o Athletico-PR, nesta quarta-feira.

Minutos após perder por 1 a 0 na Arena da Baixada, Paolo Guerrero cristalizou a confiança em uma frase: "em casa, a gente resolve". Faltou transformá-la na atuação de campeão que tanto se esperava. Os quase 80% de aproveitamento como mandante no ano ficaram apenas no papel.

O Inter até se impôs e encurralou o Athletico no primeiro tempo. Mas no duelo de 90 minutos – assim como no de 180 – ficou distante de viver a superioridade que cintiliava no imaginário do torcedor ao longo da semana como combustível para acreditar no título.

A pá de cal de uma atuação para esquecer veio nos acréscimos do segundo tempo. Marcelo Cirino aplicou uma caneta de letra em Edenílson e estendeu um tapete vermelho e preto área adentro do Inter para servir Rony no gol do título. A cena do jogador mais regular do Inter em 2019 entregue após um drible desconcertante resume a "noite do não" vivida pela equipe.

"O futebol tem noite que não é feliz. Tem dias que entra em campo e não consegue colocar em prática. Não jogamos bem, não conseguimos encaixar nosso treinamento dentro de campo. Athletico foi bem, nós não. Mas acontece. Futebol é assim" (Marcelo Medeiros, presidente)
Mas bem antes disso e de ver o adversário erguer a taça em sua própria casa, o Inter conseguiu se impor ao Athletico. Sem D'Alessandro, Odair Hellmann armou a equipe com Wellington Silva pela esquerda e deslocou Nico López para o lado direito do 4-1-4-1.

A característica mais vertical do camisa 11 surtiu efeito. Logo no primeiro minuto, Nico quase abriu o placar após passe de Guerrero em jogada iniciada por Wellington. Passado o susto, o Athletico estruturou seu 4-4-2 compactado, com os jogadores distribuídos em 20 metros do campo para fechar espaços em frente à área.

Mesmo com imposição, o Inter não chegou a ter o controle total da partida. E viu o Athletico ser letal em um contra-ataque, aos 23. O Furacão fez a transição ofensiva em velocidade total. O Colorado, não. Edenílson e Rodrigo Lindoso foram vencidos na corrida pelos rivais. Marco Ruben acionou Léo Cittadini dentro da área para abrir o placar.

Sem organização, mas com vontade de sobra, o Inter conseguiu responder, sete minutos mais tarde. Nico López, a figura mais ativa do ataque, cobrou escanteio e se mandou para a área. A bola bateu, rebateu, explodiu no travessão. E sobrou para o uruguaio empatar a partida e reacender as esperanças coloradas ainda no primeiro tempo. Em vão.

por Globo Esporte

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