21 Abril 2021 - 18:44

Mapas mostram criticidade baixa da covid-19 em quatro bairros de Maceió

Divulgação
Monitoramento espacial foi realizado por grupo de pesquisadores da Ufal

Na contramão dos tristes números da pandemia em Alagoas, alguns exemplos positivos aparecem no monitoramento espacial feito por um grupo de pesquisadores da Ufal. Os bairros de Mutange, Garça Torta, Riacho Doce e Pescaria apresentaram nível de criticidade considerado muito baixo.

O dado é calculado pela frequência do crescimento dos casos da covid-19 tendo como referência as últimas oito semanas. Os bairros citados figuram com apenas uma semana de alta em dois meses. Para se ter uma ideia, os bairros de Trapiche da Barra, Ponta Verde, Gruta de Lourdes, Serraria, Santa Lúcia e Tabuleiro do Martins estão com nível de criticidade moderadamente alto, o que corresponde a cinco semanas consecutivas em alta.

Esse panorama está ilustrado em mapas semanais gerados pelo Instituto de Geografia e Meio Ambiente da Ufal (Igdema). O trabalho coordenado pelo geógrafo Esdras Andrade, com apoio de outros docentes e estudantes, realiza o monitoramento espacial da covid-19 em Alagoas a partir dos dados dos boletins epidemiológicos que a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) disponibiliza diariamente.

Esdras explica que os “níveis de criticidade variam de ‘baixíssimo’, quando não são verificados aumentos nos casos em nenhuma das últimas oito semanas, a ‘altíssimo’, quando são constatados que os municípios e bairros atingiram oito semanas consecutivas de alta nos números de casos registrados”. E apesar dos recordes vistos esta semana, ele reforça: “Felizmente, não alcançamos o último nível de criticidade”.

Outra referência otimista para o estado de Alagoas é o município de Pindoba, que não registrou aumento nos casos da doença nesse mesmo período. Já na curva oposta a isso, estão as cidades de Arapiraca, Barra de São Miguel, Rio Largo e Barra de Santo Antônio, que ainda apresentam nível alto de criticidade, com seis semanas consecutivas de crescimento dos casos.

Sobre o monitoramento

O grupo de pesquisadores começou a monitorar os municípios alagoanos a partir do primeiro caso registrado, em março de 2020, e o trabalho mais detalhado em Maceió é desde o mês de maio, quando houve a divulgação dos primeiros boletins da Secretaria de Estado de Planejamento (Seplag).

“A partir desses números, elaboramos os indicadores e espacializamos através dos mapas”, explica Esdras. A coletânea reúne mapas com informações detalhadas sobre casos confirmados; óbitos registrados; novos casos; taxas de letalidade, infecção e crescimento; média móvel de casos; proporção da população que contraiu a doença; concentração dos casos nos municípios; evolução; criticidade e, para os mapas do Estado, ainda há ilustrações que representam os casos em análise laboratorial e a demanda por exames.

Todas as informações contidas no monitoramento espacial ficam disponíveis para livre acesso clicando neste link https://bit.ly/3dwp7r5. Segundo a coletânea de mapas da última semana epidemiológica, os exemplos positivos ainda são minoria, com mais de 1,2 mil casos semanais e taxa de letalidade de 2,38% em Alagoas e 2,76% nos bairros de Maceió.

“Estamos no mesmo patamar dos números de junho de 2020, quando a pandemia aqui no Estado estava no seu ápice. A taxa média de crescimento diário vem ficando em torno de 0,45% em Maceió e de 0,44% em Alagoas”, reforça, adiantando que no próximo mês, quando completa um ano de acompanhamento, vai divulgar um relatório geral indicando correlações entre os números e a situação da pandemia.

por Ufal

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