Brasília (03/12/2021) - A partir de agora, os animais silvestres que necessitarem de cuidados especiais no estado de Goiás terão mais celeridade no atendimento. É que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) inaugurou, nessa quarta-feira (01), uma unidade cirúrgica para atender os animais do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), em Goiânia (GO). A ideia é tornar os atendimentos mais seguros e ágeis, tendo em vista que, anteriormente, os procedimentos eram feitos em espaços cedidos por parceiros.
A Universidade Federal de Goiás (UFG), a Faculdade Anhanguera e as clínicas São Francisco de Assis e Pegasus eram algumas das aliadas que costumavam amparar o Ibama. De acordo com Leo Caetano, Analista Ambiental, com a nova sala de cirurgia no Cetas/GO, “os animais não precisarão de transferência, reduzindo, desse modo, o estresse dos bichos” - situação que poderia ser causada pelo deslocamento do animal até a mesa de cirurgia.
A iniciativa faz parte do projeto de revitalização das estruturas dos Cetas de todo o país. São, atualmente, 22 estruturas em funcionamento em todo Brasil - sendo que Goiânia traz uma novidade: ela foi a cidade escolhida para ter o primeiro Centro de Triagem inaugurado nesse novo formato estrutural. “Esse espaço é importante para o Ibama, tendo em vista que é uma unidade habilitada para receber grandes felinos”, contou-nos João Pessoa Riograndense Moreira Júnior, responsável pela Diretoria de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas (DBFlo). “Estamos caminhando para a excelência nos atendimentos. Desde o recebimento até a soltura, o intuito é melhorar todo o fluxo de acolhimento aos animais silvestres”, disse.
Outra boa notícia é que os equipamentos utilizados para equipar a unidade foram adquiridos por meio da política de conversão de multas. Ou seja, os recursos obtidos por intermédio do recebimento de penalidades ambientais foram utilizados para a aquisição de novos instrumentos para o Cetas/GO: “Teremos o que há de mais moderno para o acolhimento dos animais silvestres”, conclui João Pessoa. A nova estrutura tem escritório, cozinha e espaço para triagem, além da expansão de duas para cinco as salas de quarentena: aquelas em que os bichos devem ficar assim que chegam ao Centro.
Além disso, a unidade também contará com uma nova cozinha para preparo dos alimentos, bem como novos equipamentos técnicos - monitores de frequência cardíaca, materiais para cirurgias, ferramentas para anestesias, manutenção da higiene, dentre outros. Notoriamente, com todas essas mudanças, os níveis de biossegurança no atendimento aos animais silvestres serão elevados.
por IBAMA
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