25 Novembro 2020 - 10:38

Renda disponível do brasileiro atingia R$ 1.650,78 em 2017 e 2018

A renda disponível familiar per capita (RDFPC) média em 2017 e 2018 era R$ 1.650,78, mostra a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o perfil das despesas no Brasil, divulgada hoje (25) no Rio de Janeiro.

A maior contribuição para a média foi do componente monetário (R$ 1.434,15 ou 86,9% do total). Em seguida, aparece o componente não monetário, com R$ 379,97 ou 23%. Os impostos diretos, contribuições e outras deduções reduziram a média em R$ 163,34 ou 9,9%, de acordo com os técnicos do IBGE. A renda representa os valores com os quais as famílias contam no dia a dia. A POF 2017/2018 foi coletada entre os dias 11 de julho de 2017 e 9 de julho de 2018. Seu foco é a qualidade de vida das famílias, sob a ótica monetária, da renda e da despesa.

Por despesas monetárias compreende-se aquelas feitas por meio de pagamento à vista ou a prazo, em dinheiro, cheque ou com cartão de crédito. As despesas não monetárias são feitas sem pagamento monetário, ou seja, são aquisições obtidas por meio de doação, retirada do negócio, troca, produção própria, esclareceu o IBGE. Na renda não monetária estão incluídos valores de bens e serviços providos pelo governo, instituições e outras famílias, assim como o aluguel estimado (valor sugerido de aluguel, segundo opinião do informante) para os domicílios próprios, caso fossem alugados.

A despesa total (monetária e não monetária) per capita mensal das famílias brasileiras foi R$ 1.667,90 no período de 2017 a 2018, de acordo com a POF. Por sexo, a despesa total per capita atingiu R$ 1.764,73 para homem e R$ 1.524,17 para famílias chefiadas por mulher, 12,4% menor. Para os brancos, a despesa total por habitante somou R$ 2.279,19, caindo para R$ 1.207 para pretos e pardos.

A pesquisa revela que a despesa corrente mensal per capita das famílias totalizou R$ 1.554,06. Nas famílias que tinham o homem como ponto de referência, as despesas correntes por indivíduo foram de R$ R$ 1.635,70/ mês e R$ 1.432,88 para mulher. Para brancos, as despesas correntes por indivíduo foram de R$ 2.110,69 e, para pretos e pardos, R$ 1.134,25.

As despesas de consumo mensais das famílias por habitante ficaram em R$ 1.370,53, com R$ 1.429,31 para famílias chefiadas por homem e R$ 1.283,29 por mulher. Para brancos, as despesas de consumo alcançaram R$ 1.833,47 e para pretos e pardos, R$ 1.020,96. Nessas despesas, a habitação foi o grupo que respondeu pela maior parcela (R$ 466,34), seguindo-se gastosd com transporte (R$ 234,08) e alimentação (R$ 219,44).

Considerando o nível de instrução, a despesa total mensal familiar per capita atingiu R$ 4.230,44 para pessoas com ensino superior completo e R$ 1.018,68 para aquelas com ensino fundamental incompleto. Para os sem instrução, a despesa total per capita mensal foi de R$ 776,29. Ainda levando em conta o grau de instrução, as despesas correntes mensais por indivíduo evoluíram de R$ 729,62 para pessoas sem instrução, até R$ 3.862,26, para quem tinha grau superior completo à época da sondagem.

Do mesmo modo, as despesas de consumo familiar mensal per capita foram maiores para aqueles com ensino superior completo (R$ 3.166,48), do que para os sem instrução (R$ 689,03). O item habitação foi a despesa de consumo que pesou mais para todos os níveis de instrução: R$ 239,51 (sem instrução), R$ 305,49 (ensino fundamental incompleto), R$ 377,75 (fundamental completo), R$ 324,52 (ensino médio incompleto), R$ 449,99 (médio completo), R$ 651,94 (ensino superior incompleto) e R$ 1.110,19 (superior completo).

Comparando os grupos alimentação e transporte, a POF 2017/2018 indica que o primeiro item pesou mais para os indivíduos sem instrução e para aqueles com fundamental incompleto e completo e ensino médio incompleto, enquanto o item transportes teve maior peso nas despesas de consumo mensais dos indivíduos com curso médio completo e com ensino superior incompleto e completo.

por Agência Brasil

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