Acusados de matar médico e companheiro em Penedo são condenados a mais de 23 anos de prisão

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Antônio Francisco e Lourinaldo foram encontrados sem vida em uma residência situada na Rua São Francisco

Os acusados de assassinar com golpes de faca o médico Antônio Francisco Ribeiro, 56 anos, e seu companheiro Lourinaldo Alves Ribeiro, 52, em Penedo, no dia 04 de setembro de 2018, foram condenados nesta sexta-feira, 22 de fevereiro, pelo juiz Antônio Rafael Wanderley Casado da Silva, titular da 4ª Vara Criminal.

Gustavo Augusto Farias Santos, Paulo Sérgio Zumba Júnior e Ednilson Pedro Jessé foram condenados a 27 anos, 08 meses e 15 de reclusão pela prática de latrocínio, que na linguagem popular significa, roubo seguido de morte.

Já o réu Danilo da Silva de Jesus foi condenado a 23 anos e 04 meses, pelo mesmo crime. A diminuição na pena de Danilo foi ocasionada porque o jovem se apresentou espontaneamente na Delegacia Regional de Penedo e colaborou com as investigações desde o momento de sua prisão.

A pena deve ser cumprida em regime inicialmente fechado.

Em contato com um jurista, nossa redação tentou entender a dosimetria da pena. Nosso entrevistado explicou que como foi aplicado o concurso formal, o magistrado não somou a pena de acordo com o número de vítimas porque entende que o resultado foi alcançado através de uma única ação.

“Se fosse concurso material, eles pegariam no mínimo 40 anos, porque a pena mínima prevista pelo Código Penal é de 20 anos e como foram duas vítimas esse valor duplicaria. Mas como foi aplicado o concurso formal, a fórmula utilizada foi outra”, explicou nossa fonte, que não quis ser identificada. 

Relembre o caso

Antônio Francisco e Lourinaldo foram encontrados sem vida em uma residência situada na Rua São Francisco, Centro do município ribeirinho. Três dos acusados foram presos horas depois do crime. O quarto elemento, que chegou a ser considerado como foragido da Justiça, se apresentou na manhã do dia seguinte. Na delegacia de Penedo, Danilo da Silva de Jesus resolveu contar tudo sobre o crime.

Danilo da Silva declarou que o plano era conseguir R$ 10 mil de cada uma das vítimas, mas a ação começou a dar errada quando elas disseram que não tinham todo esse valor na residência. O médico ainda teria chamado um dos elementos para ir com ele ao banco fazer o saque, mas eles não aceitaram e resolveram então amarrar as vítimas enquanto procuravam algo de valor no imóvel. O acusado explicou também que quem esfaqueou as vítimas foi Gustavo Augusto, pessoa que, segundo ele, também teria sido o autor do plano macabro. Gugu, como é mais conhecido, nega essa versão.

O primeiro a ser assassinado, na sala da residência, foi Lourinaldo, que teve cerca de R$ 1200 roubados do bolso de sua bermuda. Já o médico foi morto dentro do banheiro mesmo, onde estava com as mãos e os pés amarrados e amordaçado. Após o crime, os elementos dividiram o dinheiro, limparam a casa e subiram até o bairro de Santa Luzia, onde fizeram um lanche e comemoraram o sucesso do crime brutal e covarde.
 

por Redação