03 Outubro 2009 - 19:51

Investimentos no Tigre fortalecem ações de combate à criminalidade

Agência Alagoas

O Tático Integrado de Grupos de Resgate Especial (Tigre) da Polícia Civil é uma das referências quando o assunto é investimento do governo de Alagoas em segurança pública. As ações de combate à criminalidade do grupo envolvem alto risco, principalmente sequestros e assaltos a bancos. O alto nível do trabalho do Tigre já rendeu até convites para atuar nos jogos Pan-Americanos realizados no Rio de Janeiro em 2007.

Com profissionais preparados em cursos de referência em segurança pública internacional, como o da SWAT, por exemplo, o Tigre se notabiliza por uma marca registrada em suas ações e que o difere das ações do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), o que a população comumente confunde.

“A gente trabalha diretamente com a investigação e a inteligência. Nosso trabalho normalmente não é ostensivo, nem de patrulhamento, como faz o Bope, a nossa missão se dá na incursão para se resolver o problema, depois de tudo já pensado e investigado, como no caso de um sequestro. Por isso que dificilmente o Tigre é visto nas ruas, na rotina diária ou em ações que envolvam tumultos”, explica o gerente coordenador do Tigre, Anderson de Lima e Silva.

“Basicamente o trabalho é dar apoio tático e técnico nas operações de alto risco, como no caso de assaltos a bancos, sequestros ou na desmontagem de explosivos”, completa Anderson.

Especificamente em se tratando de sequestros, o grupo de elite da Polícia Civil se orgulha de outra marca registrada. “Em todos os casos de sequestros ocorridos em Alagoas com a participação do Tigre nunca houve nenhuma vítima fatal. Não precisamos dar um tiro sequer, graças à ação de nossos negociadores”, diz Anderson.

Uma das ações do grupo e que foi motivo de grande repercurssão em Alagoas foi o sequestro do filho de um dono de posto de combustível, em 2008, cujo cativeiro foi encontrado no distrito de Barra Nova, na cidade de Marechal Deodoro. “Conseguimos resgatar a vítima ilesa e prender os envolvidos em uma operação vitoriosa, como aliás, ocorreu em outras ocasiões”, recorda o gerente.

Missão e requisitos básicos — Com um efetivo de 37 policiais para cobrir o Estado dividido em quatro equipes plantonistas, o Tigre foi criado pela Lei 5. 621 de 17 de maio de 1994. Sua estrutura está ligada à Divisão Especial de Investigação de Capturas (Deic), comandado pelo delegado Paulo Cerqueira.

É no Deic também que funciona o centro nervoso, local onde sai todo trabalho de investigação e informação para que o Tigre tenha sucesso de 100% nas suas ações até hoje.

Para se ter uma noção mais clara da atuação do grupo, os policiais estão preparados para agir em situação de reféns, escolta de presos com probabilidade de resgate; cumprimento de mandados de prisão, busca e apreensão de alto risco; quadrilhas de alta periculosidade, estouro de cativeiro e situações envolvendo artefatos explosivos.

“Mas, independentemente de qualquer coisa, o Tigre às vezes participa de operações conjuntas entre as forças policiais”, endossa o chefe de Operações, Anderson Tenório Costa, que também é instrutor.

Sobre os requisitos para que uma pessoa precisa para ingressar no Tigre, o primeiro é o de ser voluntário. “Quem ingressa aqui sabe que deve estar preparado para atuar em qualquer horário, mas principalmente na madrugada, horário que ocorrem boa parte da nosa estratégia de atuação”, disse o gerente coordenador.

Mas é preciso ter ficha limpa, adverte Anderson Costa. “Participar e ser aprovado em curso específico, além da aptidão física e capaz de resistir a pressões psicológicas”, reforçou.

Convite para o Pan-Americano - Entre os investimentos no Tigre destacam-se o de um grupo especial de explosivistas formado em uma das maiores escolas do país, a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), do Rio de Janeiro. “Depois desse curso, o próprio Core solicitou nossa equipe de policiais para trabalhar nos Jogos Pan-Americanos, realizado em 2007, no Rio”, informou Anderson.

Em relação ao treinamento dos policiais, que ocorre semanalmente na base de apoio localizada na Academia de Polícia do Pontal da Barra ou em locais que ofereçam condições adequadas fora da base, inclui utilização de armas empregadas pelo grupo, simulação de estouro de aparelho, entradas táticas, progressão em áreas de risco, tiro de precisão, entradas explosivas e imobilização policial.

Para atuar, o Tigre dispõe de cinco viaturas Blazers, inclusive uma antibomba, para transporte de artefato de material explosivo, além de um ônibus. Entre as armas utilizadas estão fuzis, granadas, cordel detonante, máscaras antigas, entre outros instrumentos.

 

por Agência Alagoas

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