11 Abril 2019 - 16:00

Há 07 anos, Roberta Costa Dias era sequestrada em Penedo para nunca mais voltar

Há exatos 07 anos, a jovem grávida Roberta Costa Dias era sequestrada em Penedo para nunca mais voltar. A última vez em que foi vista foi nas imediações do bairro Santa Luzia, saindo de uma clínica médica onde tinha ido para fazer um exame pré-natal. 

Desde a data do desaparecimento, em 2012, que o caso foi tratado como um grade mistério, muito parecido com o roteiro de um filme, com uma única diferença: o final nunca chega para esclarecer, de fato, todas as dúvidas de quem de uma forma, ou de outra, se viu envolvido na história.

Pouco mais de um ano depois do desaparecimento de Roberta Dias, a cúpula da Segurança Pública de Alagoas chegou a dar o caso como esclarecido, inclusive com a prisão de pessoas conhecidas em Penedo, entre elas policiais.

Algum tempo depois, os até então culpados conseguiram o direito de responder pelo sequestro e consequente assassinato de Roberta Dias em liberdade, mas mesmo antes de uma definição total da Justiça foram julgados e condenados por grande parte da sociedade, mesma sociedade que anos depois viu a verdade aparecer e mostrar o que de fato aconteceu. Os antes culpados, na realidade eram inocentes!

O caso Roberta Dias começou a ser de fato desvendado em maio do ano passado, ou seja, há quase um ano, quando um áudio mostrando o diálogo de duas pessoas vazou. Na gravação, que chegou a ser periciada pela Polícia Federal, um jovem identificado como Karlo Bruno Pereira Tavares, 24 anos, confessa que participou do sequestro da vítima e que a matou asfixiada com o emprego de um fio de extensão de som automotivo, crime praticado na presença do namorado e pai do filho que a jovem esperava.

Após análise do áudio, o Ministério Público concluiu também que a sogra de Roberta Dias, Mary Jane Araújo Santos, “foi a mentora e financiadora da empreitada criminosa”. A avó do filho da jovem e Karlo Bruno foram denunciados por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima); ocultação de cadáver e aborto provocado por terceiro.

A denúncia foi encaminhada à 4ª Vara Criminal da Comarca de Penedo e acatada, na íntegra, pelo então juiz responsável pela área, Antônio Rafael Wanderley Casado da Silva. A partir daí, os denunciados passaram a condição de réus, mas apesar disso foram beneficiados com a decisão de aguardar julgamento em liberdade.

A ação penal começou a seguir seu fluxo normal, mas um recurso impetrado pela defesa de Mary Jane, suspendeu o andamento do processo até que o feito seja julgado pelo Tribunal de Justiça. A decisão que suspendeu o prosseguimento da ação foi dada em outubro do ano passado e desde então o caso segue parado.

A família de Roberta, os amigos e toda a sociedade alagoana espera ansiosa pelo desfecho definitivo desse caso e, consequente punição dos verdadeiros culpados. Além disso, é primordial descobrir também a pergunta mais intrigante sobre o desaparecimento da jovem que é: “Onde está o corpo de Roberta Dias?”.

Veja mais sobre o caso Roberta Dias em notícias relacionadas!

por Redação

Comentários comentar agora ❯