O ex-tenente coronel Manoel Francisco Cavalcante confirmou em seu depoimento, nesta segunda-feira, na 7ª Vara Criminal da Capital, o envolvimento dos deputados estaduais Antônio Albuquerque e João Beltrão e do deputado federal Francisco Tenório como os autores intelectuais no crime do ex-cabo Gonçalves, morto em maio de 1996, no Posto Veloz, na Via Expressa, bairro da Serraria, em Maceió.
O depoimento aconteceu a portas fechadas, e foi dado ao juiz Maurício Brêda, da 7ª Vara Criminal da Capital. Cavalcante confirmou também a participação de dois militares que já estão na reserva, entretanto, os seus nomes não podem ser divulgados para não atrapalhar as investigações.
Em depoimentos anteriores, Cavalcante já havia assumido sua participação no assassinato e também já havia acusado os três deputados.
O ex-tenente coronel Manoel Cavalcante, foi transferido na madrugada desta quarta-feira (09), do presídio em Bangu, na zona Oeste do Rio de Janeiro, para o presídio Baldomero Cavalcante, em Maceió. Ao sair do Fórum o ex-militar disse estar muito alegre em voltar ao Estado de Alagoas. “Aqui estão meus filhos, minha família e meus amigos”, disse o ex-militar afirmando ainda, que nunca quis sair de Maceió. Ele disse ainda, que estar vivo por proteção de Deus e pela garantia que o Estado está lha dando.
No dia de hoje, apenas o ex-tenente coronel Cavalcante foi ouvido. Os outros depoimentos - os ex-militares tenente Talvanes Lins da Silva, o cabo Valdomiro dos Santos Barros, Daniel Luiz da Silva Sobrinho e Silva Filho, vão ser ouvidos numa outra data.
por Roberto Lopes
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