Há cerca de dois meses, a população em situação de rua, na capital, ganhou um suporte a mais durante a pandemia do coronavírus. A Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal da Assistência Social, disponibilizou quatro espaços para acolher a essas pessoas e mantê-las resguardadas. Nos abrigos, a administração municipal garante toda a estrutura necessária para que os assistidos tenham conforto, alimentação e higiene, além de cuidados com a saúde.
Atualmente, 85 pessoas estão em situação de acolhimento no Centro DIA, Escola Freitas Brandão, Cras Terezinha Meira e Centro Espírita Laura Amazonas, locais onde são disponibilizados materiais de higiene e limpeza, como sabonetes, creme dental e escova de dentes, roupas, toalhas, lençóis, cobertores, álcool, além de colchões, assim como orientações sobre os cuidados necessários para o enfrentamento do novo vírus. São oferecidas, também, três refeições por dia: café da manhã, almoço e janta. A alimentação diária e os produtos de higiene são frutos de uma parceria realizada com a Secretaria de Estado da Inclusão e Assistência Social (Seias).
De acordo com a secretária municipal da Assistência Social, Simone Passos, a atenção tem sido constante e crescente, principalmente porque o número de casos de covid-19 tem crescido na capital.
“Nos preocupamos demais com essa população porque muitos deles, inclusive, preferem ficar nas ruas. Então, reforçamos o nosso trabalho de abordagem para orientá-los e mostrar a necessidade deles se manterem abrigados. As equipes que estão trabalhando nos locais são formadas por pessoas preparadas para essa situação. Esse trabalho é contínuo e manteremos até que a pandemia cesse, olhando de maneira integral para essas pessoas”, destaca a secretária.
Ainda segundo Simone Passos, recentemente, como estratégia para evitar a proliferação do vírus, o Cras Teresinha Meira passou a ser abrigo de quarentena. “Assim que a pessoa em situação de rua é captada pelas equipes, ela fica por 14 dias no Cras sendo atendida pelo Consultório de Rua e, caso não apresente nenhum sintoma, ao término do período, é encaminhada para um abrigo provisório”, ressalta.
Para que as pessoas de rua pudessem ser assistidas nos abrigos, todo o cenário foi avaliado com cuidado, como explica o coordenador de Proteção Especial da Assistência Social de Aracaju, Jonathan Rabelo.
“Há toda uma logística para que os espaços sejam devidamente higienizados e tenham qualidade para acolher essas pessoas. As equipes da Assistência e da Fundat estão sempre no espaço para atender as demandas que surgirem. Temos feito orientações a respeito do cadastramento dos benefícios do Governo Federal e outros benefícios. Temos recebido algumas doações para essas pessoas também”, afirma Jonathan.
por Secom - Aracaju
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