19 Junho 2021 - 21:13

Comércio de produtos típicos do ciclo junino leva aracajuanos e turistas aos mercados centrais

Marcelle Cristinne
produtos típicos do ciclo junino, como trajes, bebidas e comidas típicas da época, o que a ajuda a manter acesa a tradição nordestina.

Agência Aracaju de Notícias
Comércio de produtos típicos do ciclo junino leva aracajuanos e turistas aos mercados centrais
19/06/2021 06h00
Ainda que os decretos em vigor para o enfrentamento da pandemia de coronavírus impeçam o acendimento de fogueiras, a venda de fogos de artifício e a realização de eventos festivos, públicos ou privados na capital sergipana, os mercados municipais seguem comercializando produtos típicos do ciclo junino, como trajes, bebidas e comidas típicas da época, o que a ajuda a manter acesa a tradição nordestina.

Para quem é apaixonado pelos festejos e toda a cultura nordestina, uma visita ao mercado oportuniza conhecer a culinária típica do período de celebração aos santos do mês de junho.

É com isso que tem contado dona Almeriza Francisca, 55, que possui uma banca no mercado central há 35 anos, vendendo pé de moleque, sarolho, beiju molhado, malcasado, farinha de tapioca, tapioca para fazer beiju, entre outras coisas.

"A pamonha, o beiju molhado e o pé de moleque são os produtos que mais vendem, principalmente nesta época do ano. Por enquanto, as vendas estão boas. As pessoas estão voltando a comprar, mesmo com essa epidemia. O período junino é o que vendemos mais, se não tiver pé de moleque, sarolho, pamonha e bolo, não é São João", afirma.

O turista Leônidas dos Santos, 73, acompanhado da esposa Sandra, concorda com a experiente vendedora. O casal é natural de Japaratuba, mas vive em Curitiba (PR) há muitos anos e optou por levar para a capital paranaense com muito afeto um pouco das tradições de seu estado natal.

"Estava indo para o aeroporto e aproveitei para vir aqui no mercado para comprar algumas lembranças, comidas típicas, como coco, tapioca, beiju, queijo. Tapioca, amendoim, milho verde não podem faltar no São João, senão, deixa de ser Nordeste", ressalta.

Para além da culinária, estão disponíveis também objetos de decoração, feitos por artesãos habilidosos locais, roupas e calçados típicos, possibilitando aos apaixonados pelas festas juninas criar toda a atmosfera inerente às manifestações culturais dentro de casa, em segurança.

Uma dessas bancas pertence a Jorge Carlos de Melo, que comercializa no mercado central há mais de 50 anos.

"Comecei de camelô, depois armarinho e agora vendo artesanato local. Vendo muito vestido caipira, de quadrilha, chinela priquitinha, peneiras. Estamos com boas vendas, porque o povo está fazendo a sua decoração. Seria melhor se não tivesse pandemia, mas é melhor passar logo a pandemia e esperar que tudo melhore. Tenho certeza que, quando acabar, o nosso turismo vai melhorar e vai lotar aqui. A nossa expectativa é das melhores. Quando os brasileiros se vacinarem, vai ser melhor para o nosso comércio. Vai dar tudo certo.", diz esperançoso.

A mesma fé em tempos melhores tem movido Helena Jurema, também dona de uma loja de produtos artesanais, como chapéus, vestidos, sandálias de couro, bolsas, redes e toalhas.

"No período junino, o que mais sai aqui são vestidos e sandálias ‘priquitinhas e priquitões’, como o pessoal fala. Espero em Deus que tudo venha a melhorar. Este ano está melhor que o ano passado, porque estava tudo fechado em 2020, foi mais difícil. Mesmo com a pandemia, com a nossa fé e garra, tudo vai melhorar", garante.

A esperança de Helena, Jorge e Almeriza fica ainda mais fortalecida quando em contato com consumidores como Jonatas Eduardo, aracajuano de 42 anos.

"Vim comprar um vestido junino para a minha filha de um ano e três meses. Sempre foi tradição vir ao mercado comprar produtos juninos e vou continuar sempre comprando nesse período", explica.  

por Agência Aracaju de Notícias

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