19 Setembro 2019 - 22:58

Prefeitura homenageia ator Orlando Vieira no Ocupe a Praça

Em uma programação especial pelos 13 anos de criação do Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira, ligado à Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), comemorado no mês de setembro, o Ocupe a Praça desta quarta-feira, 18, homenageou o ator sergipano patrono do órgão. Um evento que mostrou a potência da arte sergipana e permitiu o diálogo entre gerações distintas de artistas.

Aos 89 anos de idade, o ator Orlando Vieira, vencedor do Kikito de melhor ator coadjuvante por sua participação no filme Sargento Getúlio, em 1983, pôde uma vez mais contar com o reconhecimento de seu talento. “É um prazer muito grande ter contribuído para a arte e cultura. Agora espero que os mais novos sejam a esperança de melhores frutos para a arte e a cultura em nossa cidade”, afirma.

O evento foi iniciado com o projeto Liquidifica Diálogos, um bate-papo que contou as participações da diretora Carol Sakura, também vencedora do Kikito, por seu curta metragem “Apneia”, 2018; Anderson Craveiro, realizador do documentário “Rezou a família e foi ao cinema”, sobre a vida do homenageado da noite, e do presidente da Funcaju, Cássio Murilo.

Tanto a película dirigida por Carol, quando o documentário sobre a trajetória de Orlando foram exibidos após o debate, em uma aproximação entre o conteúdo produzido por artistas de gerações diferentes com o público. “Fiquei muito feliz com o convite, principalmente por ser uma exibição em praça pública, onde todo tipo de público pode participar, porque eu acho que o audiovisual precisa participar da vida da cidade. Além disso, é uma honra poder dialogar com um ator com uma grande história, pois precisamos lembrar do passado para valorizar quem nós somos”, ressaltou a diretora.

O ator e artista plástico Andresson Dias, 44 anos, acompanhou tudo de perto e ficou comovido. “Acho a homenagem super válida, ainda mais por ser em vida. O filme sobre a vida dele é lindíssimo, um registro valioso para futuros artistas e para a sociedade como um todo. Enfim, é um ato lindo para com a pessoa, pois antes de profissionais nós somos gente”, conta.

A homenagem dentro do Ocupe a Praça a figuras da cultura sergipana têm sido uma constante, possibilitando que os cidadãos entrem em contato com suas origens culturais, maximizando as trocas de ideias e as possibilidades de novas criações. “É um processo, não algo estanque. É um evento que emula em todos nós várias perspectivas, a formação de públicos que dialoguem com todas as linguagens artísticas e também de fomento. Além disso, quando homenageamos todos aqueles que contribuem para a formação de nossa identidade cultural, de forma constante, dentro de um calendário planejado, estamos fortalecendo a cena”, explica Cássio.

O evento foi encerrado em grande estilo, após show da cantora Patrícia Polayne, que apresentou músicas de sua composição e que fizeram parte de projetos audiovisuais no estado. Assim, o público presente pôde conferir mais uma vez uma intersecção entre as variadas expressões de arte produzidas na capital.

“O Praça é uma grande vitrine colaborativa de linguagens artísticas, onde buscamos enfrentar um problema histórico de nossa cena em relação à falta de público para o conteúdo produzido localmente. Então, usamos a estratégia do cruzamento de público, misturamos o passado com o presente,o contemporâneo com o tradicional, por isso que o evento é tão potente e atrai tanta gente”, reforça a coordenadora do NPD Orlando Vieira, Graziele Ferreira. 

por Secom - Aracaju

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