Cresce a quantidade jovens com ensino superior que exercem ocupações que não exigem faculdade
Um levantamento da consultoria IDados aponta que mais de 525 mil trabalhadores com diploma, entre 22 e 25 anos, são considerados sobre-educados, exercem ocupações que não exigem faculdade, a pandemia do novo coronavírus agrava esse cenário no Brasil. Milhares de jovens brasileiros com ensino superior, veem seus diplomas permanecerem nas gavetas, em razão que as sucessivas crises econômicas enfrentadas no Brasil têm empurrado esses formandos para ocupações de baixa qualidade.
Os jovens que entraram ou se formaram no ensino superior enfrentam esse mercado de trabalho extremamente fragilizado. Provocado pelos vários desequilíbrios macroeconômicos e pela turbulência política. Com esse levantamento como base da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As perspectivas são de piora desse quadro atual, alerta o professor titular e coordenador da Cátedra Ruth Cardoso no Insper, Naercio Menezes Filho. A pandemia provocou fechamento de vários negócios, essa queda no mercado produtivo foi generalizada, gerando desemprego em todo país.
Os jovens recém formados não estão encontrando emprego no setor formal, sendo direcionados para o setor informal, tudo que foi aprendido na faculdade está sendo depreciado, pois eles não estão utilizando esses conhecimentos. Com a devida abertura de alguns setores da economia a esperança infla os sonhos de muitos jovens desempregados de ocupar seus devidos cargos, seja por concurso ou vagas de empregos formais. Embora o cenário do mercado de trabalho esteja fragilizado, um curso de ensino superior ainda faz muita diferença, pois a taxa de desocupação é menor entre aqueles trabalhadores com diploma universitário.
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