Curtas, Médias e Moduladas
Penedo tem novo prefeito, mas os velhos problemas continuam
O vice-prefeito de Penedo, Israel Saldanha, assumiu interinamente a Prefeitura em face à viagem do titular ao exterior. Novo prefeito, velhos problemas, também no carnaval.
Na passagem do vice pela interinidade, o povo listou uma série de problemas que ele, o povo, acredita, o vice vai resolver. Então, vejamos a lista (generosa) dos 10 Efes:
1. Falta de atendimento a portadores de doença mental;
2. Falta de medicamentos nos postos de saúde;
3. Falta de cadeira de dentista, receituário e outros apetrechos indispensáveis ao atendimento odontológico;
4. Falta de médicos para atendimento à população;
5. Falta de medicamentos, insumos e condições outras para o atendimento na Unidade de Emergência;
6. Falta de coleta de lixo em vários pontos da cidade: Castro Alves, Santa Luzia, Santo Antonio, Senhor do Bomfim, Vila Matias, Conjunto José Moraes Lopes, Santa Izabel, entre outros;
7. Falta de água no Conjunto São José, Loteamento Santa Luzia, Vila Matias, Loteamento Santo Antonio, Povoado Tabuleiro dos Negros...
8. Falta de capinação do mato nas ruas da cidade;
9. Falta de transparência na inscrição para as casas do Programa Minha Casa Minha Vida;
10. Falta de presença do prefeito na cidade.
Conselho ao Vice
Durante sua curta gestão frente à Prefeitura de Penedo, não projete praça e não baixe ato.
Pelo histórico tucano político penedense, na PMP é como no marketing da Insinuante:
Se a concorrência baixar, o titular derruba!
Carnaval, Política e Folia
Penedo é uma cidade onde as características européias tiveram seu lugar de destaque a partir da abertura do Porto de Penedo à navegação internacional no ano de 1866.
Com a ligação de Penedo à Europa, muitas tradições foram incorporadas ao nosso cotidiano e a cidade foi porta de entrada para o futebol (primeira partida de futebol em Alagoas foi realizada em Penedo no dia 27 de dezembro de 1908. No dia 3 de janeiro de 1909 foi fundado o Sport Club Penedense), para o Tênis ( Penedo Tênis Club), como também a celebração do carnaval nos moldes tradicionais europeus e da capital federal à época, o Rio de janeiro.
O Corso era uma brincadeira da elite penedense. Homens e mulheres de famílias tradicionais que, fantasiados, desfilavam em carros enfeitados pelas ruas da cidade. O oposto, o Zé Pereira, saía do Camartelo e reunia os plebeus. Dificilmente se cruzavam. Mais tarde, os jovens contestadores penedenses criaram os Blocos Alternativos que animavam o carnaval durante o dia, em cima de caminhões, visitando famílias que recebiam os foliões com grandes recepções.
Um dos maiores anfitriões que o carnaval de Penedo já teve foi o “Seu” Adauto, na Santa Cruz.
Nas festas de clubes, entre eles o PTC, a Filarmônica, Musical, Pedra da Arara e o Penedense, esse durante o dia, davam o tom e mostravam que cada folião tinha o seu “bloco”.
Hoje, o carnaval chega às ruas em blocos populares. São inúmeros, os Xurupitas, o Pirá, o Coco-Bongo, as Piniqueiras, o Ovo da Madrugada, etc..., mas, desde o carnaval passado, as atenções se voltam mesmo é para o Eu Acho é Tome! e o Bloco dos Comerciários que este ano agrega também os servidores públicos municipais e que precisaram ir à justiça para desfilar nesta sexta-feira.
É que as cores e os números da política partidária penedense continuam muito em voga na cidade, podendo até transformarem-se em marchinhas carnavalescas.
Algumas marchinhas bem que poderiam ser relembradas, do tipo: A Canoa Virou, As Águas Vão Rolar, Bananeira Não Dá Laranja, Boi da Cara Preta, Amor de Palhaço, Acende a Vela, Máscara Negra, O Cordão dos Puxa Saco, Mulata Bossa Nova, Mamãe Eu Quero, Turma do Funil e tantas outras.
Afinal, é Carnaval e no carnaval vale até Touradas em Madri!
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