Jean Lenzi

Jean Lenzi

Ator, dramaturgo, encenador teatral e ativista cultural

Postado em 09/01/2010 13:28

Quando se fecham as cortinas da cena e do ato

Quando se fecham as cortinas da cena e do ato
Cia. Cena e Ato e O Casamento de Maria Feia / Melhores de 2009

As minúsculas lâmpadas postas para simbolizar a chegada do natal e conseqüentemente o fim de ano já foram apagadas, e para alguns vão sem nenhum saudosismo; e a razão é bem simples: Dar adeus ao Papai Noel que já desossou todos os perus e agora já pode ir, (aguardemos o próximo natal, mais gordo e sem dietas). Daí põe-se os gorros do bom velhinho no baú e deste mesmo móvel tiram-se as plumas, as purpurinas e os paetês, abrem-se todas as alas, pois é chegada a hora do carnaval onde os pedidos, já feitos, agora são intencionados às trocas, pois quase todos não vieram a contento.

E do mesmo modo, há exatos quatro dias para o final do ano que foi contemplado por flores e chuvas, trevas e alvoradas mais que vorazes, foram fechadas as cortinas do teatro local numa noite que tinha como dona da casa uma certa “Maria Feia”. O Theatro Sete de Setembro esteve durante o ano de 2009 ativamente disposto à classe artística local, reafirmando sua função de casa de espetáculos intimamente ligada às máscaras, e com este fim, foi o sólio de teste para artistas e arteiros, iniciantes e iniciados da arte cênica alagoana, ponto positivo, pois isto ocorreu paralelamente aos emaranhados problemas que persistem em atravessar os tempos, dando como seus morcegos centenários, vôos rasantes sobre cabeças nem sempre compromissadas. E ainda que estes “PO-BRE-MAS” tenham sido aclarados durante o último ano, mesmo assim o Theatro sobreviveu, e tal, “vida eterna ao deus Baco”!

O Theatro que em 2009 chegou aos 125 anos (em 2010 o Theatro Deodoro de Maceió chegará aos 100 anos), vem a cada novo ano sofrendo mudanças administrativas onde raras são às vezes em que isto se dá para melhor. Foi logo no primeiro semestre que a casa recebeu a direção artística da atriz Cláudia Helena Tavares, que assumiu no Theatro o compromisso de desenvolver projetos homogeneamente consistentes a favor da classe e da comunidade, isto somado a difícil tarefa de solucionar velhos perrengues que emperram a produção dos artistas cênicos; vale lembrar que estes atravessam não somente os anos, mais as gestões, as administrações e as mentes delicadamente alopradas, sejam elas dos dirigentes e dos dirigidos, coisas a serem revistas e repensadas em outros natais.

Com os direitos previstos aos consumidores de cultura poderiam ser discutidos inúmeros entraves encontrados hoje não somente na estrutura física do Theatro Sete de Setembro como também em sua composição, citemos apenas dois, que por sinal são os maiores:

1. O ar condicionado: Foi através de uma doação da Caixa Econômica Federal no inicio desta década, já não servia à Caixa, deveria então servir ao Theatro? Na ausência de brindes novos. O que de fato acontece é a falta de manutenção, com um agravante: a idade da máquina-dragão; proporcionando o desconforto de quem freqüenta a casa e seus produtos e tudo isto dificulta na permanência do público no teatro por períodos curtos até, e antes disto, compromete diretamente a realização de eventos. Mas nos alegremos, pois já é cogitada a possibilidade de serem instalados refrigeradores mais modernos e com manutenção mais acessível - os chamados “climatizadores split”. Poderia ser uma solução, hoje quem for realizar um evento sempre será interrogado pela administração do theatro que gentilmente lhe perguntará: “O Senhor quer que ligue o ar?”. Coisa grotesca, uma vez que ligado o dragão emitirá roncos que comprometem diretamente realização da sonoplastia, a quem diga o solo experimental “Fragmentos no Vazio” uma das maiores vitimas do bicho feroz.

2. A manutenção e profissionalização da técnica de luz e som do Theatro: Também adquirido por meio de prêmio, a aparelhagem existente hoje no Theatro Sete de Setembro é das melhores existentes no Estado, uma mesa de luz potente e profissional, um sistema de som não menos bacana pode fazer uma graça de peça teatral; pode? Não pode? Poderia se não tivesse os atropelos de luz e som conjugados talvez ao sistema de refrigeração, a falta de recursos para os efeitos de luz, e principalmente a falta de técnicos para operação; problemas que juntos apresentam uma peça politicamente eletiva e incorreta, pois basta mudar o prefeito e lá se vai o técnico, muda o diretor e lá se foi o operador, coisa simples e antipática feita uma Opereta Bufa – e mais uma vez?

São partes de uma gestão cultural que tenta acertar. Sem sombras de dúvidas a diretoria do teatro terá longa jornada a favor do Theatro e repito, da classe artística local, com grandes chances de promover em 2010 velhas-boas idéias não promovidas em 2009, e a primeira delas será manter os valores das pautas cobradas atualmente aos produtores:

· Locais: R$ 200,00 ou 10% da bilheteria · Não locais: R$ 400,00.

Vale lembrar que existe ainda uma participação financeira da Prefeitura Municipal de Penedo, participação maior. E é desta participação que vem a manutenção dos equipamentos e a folha dos funcionários. Mas a maior verdade de tudo isto é que desde os anos 90 o Theatro vem funcionando graças aos esforços dos artistas locais, (em outubro último os artistas de Maceió deram um abraço gigantesco no Theatro Deodoro em razão da parada de sua reforma infindável), vale dizer que aqui em Penedo o abraço ao Theatro Sete de Setembro é diário, é afinal de contas o nosso centro de convenções, que por vezes sedia eventos da grandeza de uma Terra Terta, ou simplesmente reuniões de grupos, convenções, vacinações para gente e para cães e se contentes ficarem fossas mercedes, vale dizer que tudo é muito bem organizado com direito inclusive à água geladíssima. Mas por razão destes é que o Theatro mantêm-se de pé. E por isto devemos aplaudir?

O impulso dado pela Companhia Penedense de Teatro, que completará seus 20 anos de máscaras e sapatilhas de amianto já no próximo março, foi fundamental para o surgimento de novos grupos de teatro; na época, inicio dos anos 90 o teatro era para bruto, o saudosismo deixado por Ernani Mero, as ressacas que davam aos jovens da estirpe de Nine Ribeiro, que por várias razões pode ser considerada uma das melhores atrizes que já subiram no palco do Sete de Setembro, contemporânea de Junior Dantas e de outros poucos precursores da cena local garantiram de algum modo o espelho para o que é feito hoje, e revezando-se em épocas e estilos diferenciados, os 05 grupos existentes, na soma recente de mais um, só reafirmam a vontade e a necessidade de levar o teatro local para além das margens do Rio São Francisco. Falemos então da Companhia de Teatro CENA E ATO.

Com pouco mais de oito meses, o grupo formado nos corredores de um colégio local abandonou os bancos escolares para uma promissora carreira nos tablados. Jéssica Oliveira, Arthur Antunes e Marcelly Alpiano estão hoje sob os auspícios do experiente ator Emmanuel Silva e do comprometido diretor Tiago Henrique França, desta união fez surgir o grupo que em novembro último estreou num Festival de Teatro Estudantil o divertido e regional “O Casamento de Maria Feia”. Mas antes de qualquer coisa é sabido que “quem está na chuva é pra se molhar”, seja em que área for, criticas deverão surgir inclusive para reforçar ações de um trabalho público, feito por pessoas que se tornam públicas por pura convenção e feição.

Dos grupos existentes, somente a Cia. Teatral Artes Ribeirinhas lançou um novo produto em 2009, o espetáculo “Ele Me disse que ela falou” foi revelado na mostra produzida pela própria companhia e parece ter agradado, e na ausência, veteranos da Companhia Penedense de Teatro marcaram presença com seu Festival de Férias no Teatro trazendo velhas cenas interessantes, entre eles o seu também regional “Como nasce um cabra da peste”, desbancando a possível covardia do “Jeremias, O Herói”, do Núcleo de Pesquisa Teatral entre outros trabalhos mais ou menos importantes, onde uns permaneceram quietos e fizeram a política da boa vizinhança, outros partiram para novos palcos, e outros ainda repetiram a sopa sonoplastica e mudaram a cena para alcançar o sucesso tardio nos palcos da capital. Mas no fechar das cortinas, quem melhor fez a cena em 2009 foi sem sombra de dúvidas a “Maria Feia” que num lapso de gentileza e elegância nos convidou para seu casamento orquestrado por bons sons regionais, e com decoração brilhantemente rasteira, (diga-se esteiras), e com direito às gaiolas o casamento aconteceu, e nele, personagens de um nordeste nem sempre carrasco, feito por machos nem sempre tão machos criadas a partir das viagens do autor Rutinaldo Miranda Batista, as Marias e os Josés dançavam afoitamente, e o frouxo cangaceiro bailava a contento, digno de uma encenação inteligente e atenta às verdades do texto.

A cumplicidade e o entrosamento dos atores permitiram à boa estadia dos convidados do casamento, que presenciaram danças, trocas de figurinos e cenários criados com uma delicadeza nordestinesca de tirar o chapéu. Tudo no espetáculo é bem resolvido, ponto para o jovem diretor Tiago França, e razão de orgulho do grupo que arrancou logo na estréia a maioria dos brindes ofertados pelo júri do II Intercambio Estudantil de Teatro.

A direção conjunta de Emmanuel Silva e Tiago França deu ao espetáculo um estado real de clichês nordestinos e de conceitos falsos e principalmente daquela velha e legal máxima shakespeariana: “Tudo bem quando termina bem”. A estes novos colegas, revelações do teatro penedense em 2009, ‘MERDA’.

Os problemas do Theatro Sete de Setembro, a desunião e incompreensão dos artistas e grupos locais, o alvoroço político e social, as grandes cenas como as de “MADAME”, e até do “PICA-PAU” que visitaram esta proveta em 2009, seguidos também pelas cenas medíocres que fazem parte do oficio, as revelações do teatro local contribuíram juntos para mais um ano efervescido por competentes agentes culturais, pelos arteiros com egos altamente inflamáveis, pensamentos e opiniões mal interpretadas, pelas novas gestões que trazem em seus pacotes novos “entendedores de cultura” – por tudo isto e somente, os refletores do nosso theatro, ainda que defeituosos conseguiram dar a luz e a magia necessárias aos trabalhos do atores locais, e estes agora dão os blackout gerais para que as cortinas emperradas finalmente se fechem, mas ambos vão cheios de promessas para a temporada de 2010.

AGUARDEMOS, POIS ENTÃO!

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  • Andrea Lima Estive assistindo vários espetáculos durante o ano de 2009 no Theatro 7 de Setembro e pude perceber como o Theatro mudou e para melhor. A primeira coisa que perguntei foi quem estava na administração e admirei-me quando ví que era uma jovem e atriz. Isso já é um passo fundamental para uma boa administração de uma casa de espetáculos. A mudança no Sete de Setembro é visível e clara, eu notei que nãao mais existia o mau cheiro que emanava quando sentavámos na primeira fileira de cadeiras da parte baixa, aquilo era insuportavél e percebi também que os banheiros estão sempre limpos e cheirosos coisa que não acontecia antes..Parabéns pela nova administração e toda a equipe do Theatro Sete de Setembro por estarem no caminho certo. Em 2009 a programação voltada paara o público infantil foi de uma sensibilidade muito grande.Nossos jovens e crianças precisam conhecer a cultura, o teatro, a música. Parabéns a todos artistas penedenses que continuam fazendo sua ARTE e não deixam a peteca cair.
  • Alcides Cunha Pereira Achei muito proveitosa a proposta de fazer uma revisão a respeito das atividades desenvolvidas e da vida do teatro local, durante o ano que se passou. Acredito que realmente ainda existe muito a se percorrer para termos o teatro desejamos porém, se também não buscamos, temos o teatro que merecemos. O autor do texto, e já acompanho alguns de sues textos, sempre me parece muito cítrico ao falar de aspectos do teatro, ou da CIA Penedence, e ainda mais qndo da atriz Claudia Helena. Certa vez citou seu espetáculo como "sobejo". Para mim compromete muito os seus textos essa “pessualidade”. Vejo realmente, a necessidade de uma mudança na aparelhagem do condicionador de ar. porém em nada comprometeu o espetáculo "fragmentos no vazio" das vezes que pude vê-lo. Me parecendo tbm que o autor lança grande responsabilidade das produções e fomento desta à diretoria do teatro e quando sabemos isso é tão infantil que deveria ser desnecessário dizer. Engrosso o fole do mesmo autor a respeito das mudanças dos técnicos, concordo, isso muito prejudica. Ao passo que ainda adicionaria, melhoria de técnicos na maquiagem e cenários. Mas já que estamos falando das produções artísticas realizadas no ano anterior, não vi o mesmo, citar a respeito de seu espetáculo. E que bom q está aberto às críticas e q as faz com prontidão aos seus colegas. Partilho com o mesmo o ponto de vista do meu ponto: Seu espetáculo "as mãos de Eurides" é por demasia cansativo e monótono. E a resposta é a platéia que evade constantemente, além do baixo público. O cenário é uma "releitura" de um utilizado numa peça com ator Caio Blat. Enfim tbm não sei se foi essa a sua intenção, de "homenageá-lo". E fica aquii o desafio, ao bom crítico autor do texto. Traga-nos, em 2010, algo realmente maior, que nos surpreenda, algo que mexa conosco, algo q nos faça ver o potencial dramático que você tem!! Obrigado pelo texto.
  • Carlos Gomes Minha Cara Andrea Lima (Tenho certeza que esse não é seu nome, e sim C.H.T.). Fiquei meio confuso ao ler seu comentário, uma vez que sou freqüentador assíduo do Teatro 7 de setembro, sempre como Platéia, e como amante da cultura que sou, e não vi tantas mudanças assim, quer dizer, vi pra pior, uma vez que estão administrando o teatro de forma ditatorial, como tudo que essa administração faz. A limpeza continua uma porcaria, e chegou a meu conhecimento que os artistas são quem pagam para se fazer a limpeza, isso é um absurdo! Fiquei sabendo que para se utilizar o teatro os artistas têm que fazer das tripas coração. Agora a verdade seja dita, a maior evolução do Teatro 7 de setembro ocorreu na gestão do Beltrão, que equipou toda a iluminação, sendo uma das melhores do país, reformou o espaço interno, e principalmente tratava os usuários de forma digna. Quanto a esse cidadão, de nome Geanderson dos Santos, não tenho mais nada a falar, só concordo com meu amigo Alcides. Antes de criticar alguém Geanderson analise seus atos e sua conduta meu caro... É ano novo, uma nova oportunidade de vc conquistar amigos, pq pelo que sei, vc está na lista de 99,99% das pessoas de Penedo, na lista dos inimigos e isso não é bom... Abraços.
  • Luis Limah Ultimamente o teatro 7 de setembro ao contrario do que se vem comentando. vem evoluindo de tal forma que deixa a maioria dos cidadãos penedense mais satisfeito com o trabalho e administração do teatro. E não posso deixar de comentar sobre o som a iluminação que estavam sempre perfeitos. Na minha participação no intercâmbio estudantil de teatro pude notar uma verdadeira disponibilidade dos profissionais que atuam no teatro e a preucupação se estava sempre tudo bem e se precisavamos de algo. Frequento o teatro desde sempre e é notável a evolução. Quando levei amigos da holanda lá pra assistir alguns espetáculos ficaram impressionado não só com a historia do teatro , como também com a limpeza do local q estava impecáveis. Não poso deixar de parabenizar a diretora do teatro, que faz tudo bem feito; quando uma pessoa faz seu trabalho bem feito tem que ser reconhecida... Que continue assim sempre evoluindo apesar das criticas dos invejosos sabemos que o teatro esta em bons caminhos.
  • A DEFENSORA Que bobagem, não acredito que chegamos a este ponto, gente no mundo inteiro são feitas criticas a tudo e por que aqui ninguém quer, e no caso do jean são muito inteligentes (eu acho), corrosivo, sarcástico é até bem humorado quem o conhece sabe, sou amiga dele e ex aluna e quero defendê-lo, eu até acho que as vezes ele exagera, rmas espeitem ele como homem e como profissional, este texto por exemplo é totalmente elogioso, é questão de leitura e ninguém fala nada, dizer que ele está na lisrta de inimigos de 99,99% dos penedenses não um tanto exagerado, afinal ele é algum bandido, matou alguém, não apenas tem opinião e oportunidade de expressa-lae porque isto acontece em por que ele é um artista de valor, ele é divertido e adoro os papos dele, e só pra contrariar ele se chama Jean-Derson Lima( seu unico defeitorsrsrs), vamos dar a cesar o que é de cesar, ele apoia sim o pessoal de teatro e se for perguntar pra galera de teatro quem é ele tenha certeza de que só falarão mal os da penedense que sabem o que fizeram com ele no festival passado...deixaram de lado sua peça as mãos de euridice que é uma das melhores peças já produzidas aqui, bem pensada e estudada, que como ele mesmo disse assistir tudo mundo assiste, entender é queó bicho, e pior eram todos amigos dele e onde já se viu ele verdadeiro diz se gosta ou não e o porque das peças dos outros e os outros quando estão estão na frente dele dizem que gostam, e depiois dizem que não pois como amiga eu estou no 1% dos verdadeiros amigos dele, pra frente Jean..uhhhummmmm lenzi. Bjos natally
  • ANTÔNIO FAGUNDES meu caro AMIGOOOO JEANDERSON DOS SANTOS!!!TA PODENDO ANTONIO FAGUNDES!!!KKKKKKK era pra ter uma foto só do teu espetaculo como melhor de 2008, 2009 e 2010 porq só vc faz espetaculos belissimo0s kkkkkkkkkkkkkkk como AS MÃOS DE ALGUMA COISA QUE JÁ BEM PASSADO EM???KKKK coloca ele no palco de graça pra ver se vai 10 pessoas. JURO Q SE DER 10. EU VOU NA PROXIMA VER AQUILO!!!!! QUE VC CHAMA DE BOM ESPETACULO MAL DIRIGIDO MAL ENCENADO OU MELHOR MAL TUDO. HÁAAA NEM ME MANDA CORTEZIA DINOVO QUE MEUS AMIGOS ME XINGAM ATÉ HOJE PORQ MANDEI QUE ELES FOSSEM. XEROOOOOOO VC É O CARA NORDESTINO MAIS FRANCES QUE CONHEÇO.KKKKKKKKKK BJSSSSSSSSS
  • Alcides Cunha Pereira Bem minha fala eu gostaria de me dirigir a uma moça que aqui postou chama Natally. Defensora, já que é assim q você se intitula, percebe-se bem na tua fala que você deve ser muito nova, e acadêmica. Não estamos falando de qualquer crítica que se faz no mundo, estamos falando de um profissional que se dispõe a fazê-la por meio público e como tal, tem peso maior. Não é a conversinha de corredores de escola. Acredito que o autor do texto deve realmente ser muito inteligente, tanto que lhe fiz o desafio de trazer algo novo para nós em 2010, no fim da minha primeira fala. Não seja exagerada, ninguém aqui o está acusando de “assassinato”, apesar de que existem diversas formas de se matar uma pessoa e a morte social é uma das piores delas. Não seja maniqueísta. Ninguém é todo bom, nem todo mal. Não sei o que aconteceu em relação a ele com o tal festival, nem acho q isso é competência deste fórum, mas acredito, pela forma como falou, que só detém a opinião de um lado, procure saber do outro e forme uma bem mais embasada. Bem e por fim, acusar as pessoas que se opuseram ao texto como todo ou parte dele como sendo pessoas que não interpretaram corretamente, ou ainda que o espetáculo dele é para pessoas “inteligentes”? Talvez você deva voltar à escola, ou aprender a acolher a opinião dos outros, tem todo direito de ter a tua, sem te de agredir os diferentes, ou faça o ENEM, a base dele é toda interpretativa.