08 Abril 2024 - 11:05

Pais e filhos participam do 1º Encontro do Ipesaúde voltado para integração das famílias atípicas

Na manhã deste sábado, 6, o Ipesaúde realizou o 1º Encontro de Pais e Filhos no Centro de Reabilitação Maria Virginia Franco, em comemoração ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo. O evento incluiu diversas ações especialmente planejadas para as crianças, além de palestra e atividades direcionadas aos pais para orientação e integração das famílias.

Os beneficiários infanto-juvenis participaram de uma variedade de oficinas, incluindo arteterapia, preparação de biscoitos, brincadeiras, modelagem de massinha e sessões de camarim com pintura da face e cabelos, conduzidas por psicopedagogos, terapeutas ocupacionais e profissionais convidados. Enquanto isso, os pais foram recebidos pela psicóloga Myllena Sampaio e puderam desfrutar de atividades como massoterapia, reiki, auriculoterapia e maquiagem.

Para a coordenadora do Centro de Reabilitação, Márcia Fonseca, o evento trouxe aspectos importantes sobre o acompanhamento e o suporte necessário para o desenvolvimento das crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). "A temática é de grande relevância, pois é provado cientificamente que a realização dessas dinâmicas podem trazer inúmeros benefícios para a saúde mental, além de proporcionar momentos de socialização e promoção do desenvolvimento psicológico e cognitivo, tão importante para todos, em especial aos autistas", destacou.

Já a diretora de Promoção à Saúde do Ipesaúde, Priscila Kitawara, acrescenta a importância das dinâmicas ao proporcionar a aproximação dos envolvidos. “Essa foi uma iniciativa pensada por uma das Unidades do Ipesaúde para promover a integração dos beneficiários com TEA e seus pais com a sociedade. Isso faz com que as pessoas conheçam o que é o TEA, reconheçam, incluam e respeitem os autistas”, contou.

Uma das oficinas que chamou a atenção das crianças foi a de Arteterapia, conduzida pelo professor de desenho Valmir Ramos. Ele destaca que o desenho não só alivia o estresse, mas também promove a concentração, a postura adequada, a coordenação motora e a autoestima das crianças. "O ato de desenhar é uma forma de expressão muito poderosa. Além de proporcionar um momento de relaxamento, permite que as crianças explorem suas emoções e desenvolvam habilidades importantes", explicou o professor.

João Guilherme, de oito anos, foi uma das crianças que participou das oficinas de desenho e massinha, enquanto seu pai, o policial militar Marlon Bispo, acompanhou a palestra da psicóloga. Marlon conta que Guilherme frequenta a reabilitação há seis anos e salienta a importância das terapias para seu filho. "Guilherme faz acompanhamento com psicólogo, psicopedagogo e fonoaudiólogo. As terapias têm um papel fundamental no desenvolvimento das crianças, e vi a melhora que fez no dia-a-dia de meu filho’', relatou.

E quem compartilha desta opinião é a agente de saúde Angela Carla Nery, mãe de Maria Eduarda, de 5 anos, que relata as dificuldades que enfrentava na comunicação com sua filha e como as terapias a ajudaram a falar e a evoluir ao longo desses três anos de tratamento. 'Ela está falando agora e sua comunicação melhorou consideravelmente. Com o apoio das terapeutas daqui, recebi incentivo para matriculá-la na escola aos dois anos, o que também contribuiu muito para sua socialização. Além da terapia ocupacional, minha filha recebe acompanhamento de fonoaudióloga, psicóloga e neuropsicopedagoga. Os profissionais daqui são incríveis, e eventos como este só acrescentam, pois me permitem esclarecer dúvidas durante as palestras e depois desfrutar de um momento para mim, com tranquilidade, sabendo que minha filha está participando de uma oficina de maquiagem e se divertindo’', descreveu Angela.

por Agência Sergipe

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