11 Setembro 2012 - 08:24

Produtos da cesta básica em Maceió registram aumento de 1,58%

Divulgação
Verduras e legumes foram um dos responsáveis pelo aumento da cesta básica

A Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande) divulgou, nesta segunda-feira (10), a pesquisa que detalha o Índice de Preço ao Consumidor de Maceió (IPC). De acordo com o estudo, foi registrada uma variação de 0,40% no mês de agosto no IPC, além do percentual de 37,88% na cesta básica, o que ocasionou um acréscimo de 1,58 pontos percentuais no item em relação ao mês anterior.

Dentro dos grupos que compõem o IPC, Alimentação (0,57%) e Habitação (0,43%) foram as maiores variações da tabela. Segundo o gerente do IPC, Gilvan Sinésio, os subgrupos verduras e legumes (1,32%), ovos (1,89%) e carne (2,09%) foram os principais responsáveis pela elevação do primeiro grupo.

“Seguindo o ritmo dos últimos meses, a estiagem demorada acabou dificultando o desenvolvimento das colheitas, o que diminuiu a oferta de legumes e verduras. O aumento nos ovos deve-se ao encarecimento dos insumos utilizados para a alimentação das aves, como milho. Por fim, neste grupo, a disponibilidade da carne em certas localidades foi um pouco deficiente, já que o período de maior oferta do produto permanece com dezembro e janeiro”, explica Gilvan.

Para detalhar o que levou o grupo Habitação (0,43%) ao segundo lugar, o gerente explica que a inflação dessa categoria é calculada em cima de outro indicador, o Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM), que por sua vez engloba outros três fatores, que são o Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) e Índice de Preço por Atacado (IPA). “Todos esses índices apresentaram alta no mês de agosto, consequentemente, o grupo habitação apresentou a variação positiva”, pontua.

Já os menores índices ficaram com Transporte (0,00%), que não apresentou variação por não ter nenhuma alteração em itens como passagens e gasolina; Saúde (0,01%), que registrou aumento apenas em óticas (0,27%) e Educação (0,01%), que obteve correção de mensalidade (0,03%).

Cesta básica

Ao comprometer 37,88% do salário mínimo do maceioense, a cesta básica representou, no mês de agosto, a quantia de R$235,59. Com a variação positiva de 1,58%, os alimentos que mais contribuíram para esse aumento foram o Óleo de Soja (2,10%), o Arroz (1,06%) e o Tomate (3,11%). De acordo com Sinésio, os grãos em geral estão em falta no mercado interno brasileiro. “O óleo de soja e o arroz, por exemplo, são exportados em larga escala, o que configura uma pouca oferta do produto internamente”, explicou.

Figura conhecida na tabela de preços, o tomate é apontado como o vilão da cesta básica em qualquer época do ano. Segundo a pesquisa, que mostra o acúmulo do item até agosto, pode-se verificar que ele alcançou a variação de 26,87%, atrás dele só o óleo de soja, com 9,20%. “Em alguns estados do país essa variação do tomate já chegou aos 70%. Isso acontece porque ele requer especificidades muito difíceis de serem atendidas por completo, o que leva a um aproveitamento deficiente de uma colheita”, relata.

Os três alimentos que apresentaram menor variação foram o leite (-0,41%), o café (-0,67%) e o pão francês (0,60%). “O pão francês teve uma variação equilibrada porque neste último mês tanto o leite quanto a manteiga, necessários para a sua produção, mantiveram preços amigáveis. Já o café começou a colheita da sua safra recentemente, gerando muito produto no mercado”, conclui Sinésio.

por Agência Alagoas

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