15 Agosto 2012 - 07:59

Câmara exige apuração de truculência policial contra sociólogo

Os vereadores da Câmara Municipal de Maceió apresentaram duas moções: uma de solidariedade ao sociólogo Carlos Martins e outra de repúdio à ação truculenta da Polícia Civil da qual o mesmo foi vítima, ocorrida na última sexta-feira durante uma operação desencadeada após o assalto à agencia do Banco Santander (dentro da Fits).

Segundo o presidente da Câmara, Galba Novaes, é inaceitável que um homem de bem, professor universitário, que nunca se envolveu com qualquer tipo de crime e engajado em estudos da ação policial tenha sido vítima de uma revista indevida em sua casa.

“Carlos Martins é um homem de reputação ilibada, conhecido na sociedade por sua atuação a favor da igualdade racial, e acontece de sofrer este tipo de constrangimento. Vamos acionar todas as esferas para garantir que esta agressão não saia impune nem tenha novas vítimas”, assinala o presidente.

Galba explica que, apesar de a pauta da Casa de Mário Guimarães estar trancada por conta da votação dos vetos do Executivo à Lei Orçamentária Anual (LOA), as moções não dependem de votação em plenário. “As moções foram aprovadas imediatamente porque contaram com as assinaturas de mais de sete vereadores”, esclarece. No total dezesseis vereadores assinaram os dois documentos.

A moção de solidariedade foi de autoria da vereadora Tereza Nelma (PSB). Já a moção de repúdio foi requerida pela vereadora Fátima Santiago (PP).

Além das autoras das moções, os vereadores Marcelo Malta (PCdoB), Paulo Corintho (PDT), Heloísa Helena (PSOL) e Théo Fortes (PTdoB) usaram a tribuna para prestar solidariedade ao sociólogo.

Carlos Martins esteve na sessão da Câmara e relatou aos vereadores e imprensa os momentos de medo e terror pelos quais passou durante a ação desastrosa da Polícia Civil.

“Alagoas está vivendo um estado de milícia, que invade as casas, desmoraliza o cidadão que não praticou crime. Não me sinto impotente, porque não me permito. Não vou me calar para que outras pessoas não passem por isso”, sentencia.


 

por Ascom Câmara

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