28 Outubro 2013 - 15:54

Santa Casa: Cintilografia ajuda a salvar vida de pacientes

Assessoria
Paciente com diagnóstico normal em exame tem menos de 1% de chance de infarto

Segundo o último levantamento do Ministério da Saúde, quase a metade das mortes registradas no Brasil na faixa etária abaixo dos 65 anos (45%) são provocadas por infarto agudo do miocárdio. Muitas vidas poderiam ser salvas se a população procurasse um médico para avaliar a saúde do coração e das coronárias. Neste sentido, a cintilografia do miocárdio figura como uma importante ferramenta utilizada no diagnóstico de doenças coronarianas.

Para tanto, visando ampliar e modernizar o parque tecnológico da unidade Diagnósticos Santa Casa, um dos mais recentes investimentos na área de Medicina Nuclear foi justamente a aquisição de uma Gama Câmara com dois detectores, fabricado pela multinacional alemã Siemens e utilizada na realização das cintilografias.

A Gama Câmara, seus dois detectores e um complexo software de diagnóstico permitiram a otimização dos protocolos de exames reduzindo de 48 horas para apenas 6 horas o tempo de realização das duas etapas da cintilografia do miocárdio. O resultado do exame também ganhou agilidade, podendo ser liberado para o paciente em até três dias ou imediatamente, para o médico solicitante, em casos específicos ou de urgência.

"O tempo de aquisição das imagens na Gama Câmara não dura mais que oito minutos em cada sessão, o que traz mais conforto para o paciente, além de aumentar a qualidade do exame", explicou André Gustavo Pino, especialista em Medicina Nuclear da Santa Casa de Maceió.

o que é a cintilografia

A cintilografia do miocárdio é realizada em duas etapas. Na primeira, em repouso, o paciente recebe um elemento traçador, por via venosa, e aguarda uma hora até ser examinado na Gama Câmara. Na segunda, o paciente passa por um teste de estresse, que pode ser na esteira elétrica ou medicamentoso e, mais uma vez, recebe o elemento traçador no momento de pico do esforço e retorna à Gama Câmara após mais uma hora aproximadamente.

"O objetivo das duas sessões de cintilografia é comparar o fluxo sanguíneo no músculo cardíaco em situações extremas: em repouso e sob estresse físico", explicou o especialista em Medicina Nuclear da Santa Casa de Maceió, Marcelo Farias. As imagens mostram se o músculo do coração está sendo irrigado normalmente com fluxo sanguíneo em condição de estresse e repouso.

Após a injeção do elemento traçador, a Gama Câmara passa a registrar o comportamento deste no músculo cardíaco (anel em amarelo e branco). Na imagem de um paciente em estado normal (ver Fig.1) a área clara (anel completo) mostra um órgão sadio. Nesses casos, a literatura médica diz que o paciente tem menos de 1% de chances de ter um infarto no período de 12 meses.

Na imagem seguinte (Fig.2) temos um quadro de isquemia, que se apresenta como uma área do miocárdio sem concentração do traçador na etapa de estresse que melhora na imagem de repouso. O tom mais escuro (azul-turquesa) revela a área do miocárdio com falhas na irrigação sanguínea, indicando grande chance de infarto e a necessidade do cateterismo para corrigir o problema.

Na última imagem (Fig.3) vemos um quadro mais grave, a chamada fibrose miocárdica, quando o músculo cardíaco sofre um processo de necrose. A ampliação da área escura (azul-turquesa) e a redução do anel amarelado revelam um coração que pode levar o paciente a óbito a qualquer momento. Nesse caso é necessária uma avaliação mais detalhada para se analisar qual a melhor alternativa de tratamento.

"Pacientes com eletrocardiograma alterado, diabéticos ou sintomas como angina (dor no peito) devem ser encaminhados direto para o cateterismo, procedimento mais recorrente para desobstruir as artérias. Já aqueles com suspeita ou diagnóstico confirmado de doença coronariana devem fazer a cintilografia do miocárdio para avaliar o estado do órgão ou para definir a conduta médica a ser adotada", explicou o renomado cardiologista Antonio De Biase.

por Ascom - Santa Casa de Maceió

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