03 Julho 2012 - 09:36

Produto Interno Bruto Municipal aponta índices econômicos de Alagoas

Agência Alagoas
Produto Interno Bruto do Estado ultrapassou o montante de R$ 21 bilhões em 2009

 

A Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande) divulgou nesta segunda-feira (2) a nova edição da publicação que revela o PIB dos municípios alagoanos, referente ao ano de 2009. Considerado um dos principais indicadores econômicos, o Produto Interno Bruto (PIB) é o responsável por detalhar toda a riqueza produzida no Estado. A pesquisa traz ainda uma análise setorial da Agropecuária, Serviços e Indústria, além de incluir uma parte que trata especificamente da região metropolitana da capital.
De acordo com o secretário do Planejamento e do Desenvolvimento, Luiz Otavio Gomes, a análise feita sobre o PIB é um dos produtos mais importantes elaborados pela Seplande e, cada vez mais, é vista como uma peça fundamental para quem lida com os temas de desenvolvimento no Estado.

“O PIB é uma fonte de informações econômicas para a sociedade, um indicador auxiliar no processo do planejamento de políticas e na alocação de recursos públicos municipais. Com ele, é possível traçar um perfil econômico dos setores produtivos, adquirindo maior consciência sobre a realidade econômica do Estado de Alagoas”, explica.

No ano de 2009, o Produto Interno Bruto do Estado de Alagoas atingiu o montante de R$ 21,235 bilhões. Segundo o PIB municipal, dos 102 municípios alagoanos, nesse mesmo ano, apenas 10 foram responsáveis por 71,79% da geração de riquezas. Entre eles, os três maiores são, respectivamente, Maceió (48,34%), Arapiraca (7,81%) e Marechal Deodoro (2,92%).

A riqueza produzida na capital do Estado, Maceió, alcançou os R$ 10,264 bilhões. Desse número, 79,06% de seu valor adicionado correspondem ao setor serviços, 20,60% à indústria e 0,34% à agropecuária. “A grande convergência para o setor terciário se deu em virtude de Maceió ser o maior polo de atração do Estado, com destaque para as atividades de administração, saúde e educação pública, comércio e serviços de manutenção e reparação (atacadista e varejista)”, explica o superintendente de Produção da Informação e do Conhecimento da Seplande, Thiago Ávila.

Arapiraca, o segundo centro econômico do Estado, apresenta um PIB na ordem de R$ 1,658 bilhão. Em 2009, esse valor ficou dividido entre os setores de Serviços (79,85%), Indústria (16,89%) e Agropecuária (3,26%). Segundo o superintendente, a localização privilegiada da cidade contribuiu para o segundo lugar no PIB. “Devido a sua posição estratégica, Arapiraca concentrou a multiplicidade na oferta de bens e serviços destinados ao Agreste e Sertão, tornando-se um importante entreposto comercial”, explica.

Marechal Deodoro, na 3ª posição, registrou R$ 620,477 milhões. Com a economia focada na indústria, seu valor adicionado para esse setor foi de 56,33%. Serviços com 36,54% e Agropecuária 7,12% completam a estrutura de riquezas da cidade. A presença de um distrito industrial em seu espaço territorial é o principal fator que justifica sua posição no quadro geral.

“Além da dinâmica gerada pelo polo de indústrias químicas e alimentícias, outros segmentos também contribuem para a dinâmica econômica local, como o turismo e comércio”, justifica Thiago Ávila.

Agropecuária
De acordo com a análise setorial presente no estudo, o valor adicionado da agropecuária no Estado de Alagoas alcançou, em 2009, R$ 1,430 bilhão. A publicação aponta como principal impulsionador deste desempenho o subsetor de produção vegetal. Coruripe (24,57%), São Miguel dos Campos (11,38%) e Arapiraca (9,78%) foram os três primeiros entre os 10 principais municípios detalhados na pesquisa.

“O valor destinado ao setor agropecuário foi decorrente do aumento no número das vendas da produção de cana-de-açúcar, na ordem de 8,18%. Por sua vez, esse aumento foi estimulado pelo preço do açúcar no mercado internacional, visto ser esse o principal produto da pauta de exportação de Alagoas”, explica.

Indústria
Já a indústria, em 2009, obteve uma retração na ordem de 2,86%, em comparação com o ano anterior. O setor representou 20,57% do Valor Adicionado total do Estado. Entre os três primeiros, Maceió (59,07%), Marechal Deodoro (9,85%) e Arapiraca (7,99%).

A pesquisa mostra que os subsetores que mais contribuíram na sua composição foram: a indústria da transformação (40,07%), construção civil (30,22%), produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (25,35%) e extrativa mineral (4,36%).

Serviços
De acordo com a composição do PIB, o setor de Serviços foi responsável por 71,94% do total do Valor Adicionado de Alagoas, produzindo um montante de R$ 13,728 bilhões. Com um crescimento nominal mensurado em 14,15%, em relação ao ano anterior, os itens mais representativos dentro da setorial foram alojamento e alimentação (3,44%); administração pública (38,61%); atividades imobiliárias e aluguéis (10,36%).

“Todo esse valor atribuído ao setor de serviços pode ser explicado pelo fato de 98% dos municípios alagoanos apresentarem a setorial como uma de suas principais atividades econômicas. A exceção fica com Marechal Deodoro, que tem maior participação do setor industrial, e Roteiro, onde o predomínio é da Agropecuária”, afirma Thiago Ávila.
 

por Agência Alagoas

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