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Veja tudo sobre ›Em carta aberta divulgada nesta quarta-feira (06), à imprensa e aos irmãos pertencentes à Irmandade São Gonçalo Garcia, o ex-provedor da Santa Casa de Penedo, Sílvio Menezes, fez duras críticas à provedoria da entidade e a empresa Pró-Saúde, responsável por administrar as contas da entidade hospitalar. Na carta, Menezes ainda afirmou que a Santa Casa está pré-falida e que deve ser providenciada urgentemente a rescisão de contrato com empresa e ainda cobrar na Justiça os danos que a entidade sofreu em pouco mais de um ano de convênio entre as partes.
O promotor de Justiça aposentado e empresário, Sílvio Menezes, foi provedor da Santa Casa de Penedo no período de 2007 a 2011. Segundo a carta divulgada, a sua gestão encontrou a entidade quase falida, impossibilitada de firmar convênios, devido aos débitos que somavam R$ 1.289.472,98. E após quatro anos, passou a provedoria para o seu sucessor, o Bispo da Diocese de Penedo, Dom Valério Breda, no dia 12 de setembro de 2011, totalmente saneada, em conformidade com os dados contábeis. Assim ele descreveu o seu desabafo.
Na carta, Menezes afirma que foi procurado por um grupo de irmãos que fazem parte da entidade, para pedir ajuda na convocação de uma reunião extraordinária, com o único propósito, verificar a situação da entidade filantrópica. “Achei mais prudente manter contato com o provedor, surgindo então um encontro com os irmãos e a empresa Pró-Saúde, que em seguida formalizou uma prestação de contas de 2012, totalmente falsa, tentando ludibriar os presentes. Falei que aguardava o balanço verdadeiro, assinado pelo contador responsável. E o que constatamos foi a situação de pré-falência da entidade”, explicou.
A Santa Casa de Penedo teve um significativo aumento de receita em 2012. Mas, ainda assim, fechou o ano no vermelho, sem crédito na praça e devendo a fornecedores. “Apesar do aumento de receita, provenientes de recursos federais e estaduais em 2012, no montante de R$ 947.372,98, o balanço do mesmo ano, para a nossa decepção, fechou com o prejuízo e R$ 550.675,86, deixando ainda débitos vencidos no valor de R$657.486,72, o que revela uma total desorganização administrativa”, afirmou Sílvio Menezes.
Pró-Saúde não cumpriu o que determinava o contrato
Na noite do dia 12 de setembro de 2011, o Bispo da Diocese de Penedo, Dom Valério Breda, assumiu a provedoria da Santa Casa de Penedo. Na oportunidade, foi celebrado um convênio entre a empresa Pró-Saúde e a entidade filantrópica. E desde então, a empresa com sede em São Paulo, administra os recursos da Santa Casa. A parceria teve o aval do bispo e do então secretário de Estado da Saúde, Alexandre Toledo. Mas, o ex-provedor da Santa Casa de Penedo, Sílvio Menezes, critica esse acordo.
“O contrato firmado entre as partes prometia diminuir os curtos da entidade. Mas, nada aconteceu. Nada do compactuado no contrato, aconteceu, pela má administração, que continua cobrando a elevada quantia de R$ 18 mil mensais, com juros e multa, pela administração da Santa Casa. Isso revela uma total incapacidade administrativa da Pró-Saúde, preocupada em apenas obter o lucro, levando à instituição filantrópica a falência”, garantiu Sílvio Menezes em sua carta.
Cobrar na Justiça os danos causados
O ex-provedor da Santa Casa ainda destacou que os danos causados a entidade filantrópica, Santa de Penedo, pela empresa Pró-Saúde, devem ser cobrados na Justiça. “Associados inteligentes preocupados com os atuais desmandos tentavam mostrar o que hoje aparece no balanço e na prática. O contrato com a Pró-Saúde deve ser urgentemente cancelado, cobrando na Justiça, o prejuízo causado pelo não cumprimento do acordo, acrescido de todos os danos”, afirmou Sílvio Menezes.
Por fim, ele ainda mandou um recado às autoridades competentes: “Fala-se que a entidade vai receber grandes importâncias do Governo Federal. Isso merece o devido cuidado das autoridades para que esses recursos nãos sejam desviados para cobrir déficit administrativo que vem a cada momento aumentando consideravelmente”.
por Roberto Miranda
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