13 Novembro 2012 - 16:17

Contas do município de Penedo estão monitoradas e podem sofrer ação de sequestro

Arquivo - aquiacontece.com.br
Agentes Comunitários e de Endemias promoveram paralisação de advertência

Em entrevista concedida na manhã desta terça-feira, 13, o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Penedo (Sindspem), Francisco Souza Guerra (Dr Tico), falou sobre a crise enfrentada atualmente pelos profissionais da área da saúde em Penedo.
De acordo com o presidente o caso é sério e a medida que tem sido adotada é o monitoramento diário das contas do município. A seriedade a que se refere o sindicalista é ocasionada pelo não pagamento do salário dos profissionais do nível superior da saúde.

Desde a última semana que médicos, odontólogos e enfermeiros paralisaram as atividades em todos os postos de saúde do município. Para agravar a situação da saúde pública em Penedo, os Agentes Comunitários e de Endemias, cruzaram os braços na manhã desta terça-feira, 13, e promoveram uma paralisação, permanecendo toda a manhã no Parque Adail Freire Pereira, no bairro Santa Luzia.

“Não temos como continuar a trabalhar com o descaso e a falta de atenção que nos está sendo dedicada nesse momento. Temos nossos compromissos e infelizmente o que ouvimos foi somente a afirmação que somente no dia 20 de novembro devemos receber nossos vencimentos”, desabafou indignado um servidor efetivo da prefeitura de Penedo.

Crise

Segundo Dr Tico a crise que chegou a Penedo não é algo isolado, não devendo ser atribuída a culpa ao prefeito Israel Saldanha (DEM) derrotado no último pleito eleitoral. Ele lembrou que essa semana vários prefeitos estão em Brasília justamente para tentar sensibilizar o Governo Federal em relação aos cortes e a obrigação de repasse para os municípios.

Para Dr Tico o monitoramento das contas do município é algo importante, mas até o momento não tem sido necessário acenar com uma ação de sequestro nas contas. “Essa verba é de natureza continuada, é despesa com pessoal e tem característica alimentar que precede inclusive o tributário”, declarou o presidente do Sindspem.

Falta ao trabalho

Perguntado sobre uma possível punição dos servidores com faltas e consequentemente corte nos salários, o líder sindical explicou que não se trata de uma greve dos servidores e, sim, uma paralisação, informando que o prefeito não pode nesse momento forçar que os profissionais compareçam a seus postos de trabalho e desempenhem suas funções se não está pagando para que seja cumprido o contrato firmado entre as partes.

Falta de diálogo

A falta de diálogo estabelecida entre os funcionários e o governo municipal tem se agravado no dia a dia pelo silêncio dispensado pelo prefeito Israel Saldanha aos servidores. O gestor Democrata enfrentou em seu governo a maior greve geral já registrada na história do município ribeirinho e agora, nem mesmo com inúmeras denúncias feitas pelos servidores ao Ministério Público Estadual (MPE), fizeram com que fosse aberta uma linha de diálogo entre o gestor e o funcionalismo público.

por Rafael Medeiros

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