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Veja tudo sobre ›No último final de semana, 10 detentos conseguiram fugir do Presídio de Segurança Máxima Baldomero Cavalcante, em Maceió. Alguns foram recapturados, e um deles, morreu em troca de tiros com a PM no município de Piranhas.
Apesar de vários agentes tomando conta dos apenados, houve uma fuga. Um alerta para a Secretaria de Estado da Defesa Social. Isso na capital, e nas demais delegacias do interior, a coisa ainda é pior. Espaços sem estrutura alguma abrigam dezenas de detentos. Um caldeirão pronto para explodir a qualquer momento.
Esta semana, a 7ª Delegacia Regional de Penedo, responsável por atender a região de São Braz, passando por São Sebastião e terminando em Coruripe, extrapolou a sua capacidade máxima. Com a última prisão realizada pela Militar, no Pontal do Peba, na tarde desta quarta-feira (30), chegou à soma de 75 detentos.
No primeiro piso (térreo), 6 celas abrigam parte da comunidade e no segundo piso, mais duas celas, uma para suspeitos de violência sexual, e outra, para 4 mulheres. Sendo que esta última, até pouco tempo funcionava o alojamento dos agentes, e devido a superlotação, virou cela feminina.
“O clima é de insegurança. A delegacia é pequena e carente de estrutura para abrigar uma grande quantidade de presos. Aqui existem ladrões de bancos, estupradores, homicidas, latrocidas. São presos de alta periculosidade. O Estado precisa tomar uma posição e começar a transferência. Sem falar, que deixamos de trabalhar na nossa atividade fim, da qual prestamos concurso, para virar carcereiro. Não podemos investigar, desempenhar nossas atividades de rua, para descobrir a delegacia”, desabafou um agente.
Questionado quantos policiais trabalham por turno na regional, o agente disse que não podia revelar a informação, por questão de segurança.
Uma possível solução
Segundo o Sindicato dos Policias Civis de Alagoas (Sindpol), uma solução foi apresentada para a questão especifica de Penedo. “Na semana passada, a direção do sindicado esteve em Penedo, para constatar a situação, que na ocasião estava com 70, e agora 75 presos. Sabemos dos perigos, já mobilizamos o Ministério Público do Estado (MPE), para cobrar uma providência. O preso é da Justiça, então ela também precisa fazer a sua parte. A nossa atividade fim não é carceragem. Tomando conta de presos, deixamos de investigar, buscar esclarecer crimes. Esse desvio de função também contribui com os altos índices de criminalidade, visto que, não estão trabalhando na rua, no combate”, observou o diretor Jurídico do Sindpol, Charles de Alcântara.
E como solução imediata para isso, o Sindipol apresentou uma proposta ao Estado. “Para acabar com essa problemática de Penedo, que se arrasta há anos, propomos a Secretaria de Estado da Defasa Social (Seds), transformar a 7ª DP em ‘cadeião’, ‘casa de custódia’. Podendo ficar sob a responsabilidade da Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social (Seris). Essa foi uma solução imediata que colocamos. E a delegacia passaria para outro prédio, para abrigar a parte burocrática e investigatória. Desta forma, os nossos agentes voltariam a investigar, trabalhar na sua função, combater a criminalidade e não tomar conta de presos”, concluiu o sindicalista.
Última transferência
No mês de dezembro de 2013, uma verdadeira operação de guerra foi montada para transferir 65 presos para o novo Presídio do Agreste, em Girau do Ponciano. E 05 mulheres para o Presídio Santa Luzia, em Maceió. Na ação, participaram 40 homens da Superintendência Geral do Sistema Prisional (SGAP), mais 20 homens do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) da Policia Militar. Além de oito vans para o transporte dos custodiados, quatro viaturas do Bope, quatro de escolta e um helicóptero.
Com a transferência, a 7ª Delegacia Regional de Penedo ficou vazia. Depois de sete meses, o problema volta a preocupar.
por Roberto Miranda
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