18 Dezembro 2023 - 07:00

Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas lança o projeto “Meu Título Indígena”

TSE
Justiça Eleitoral pelo Brasil: mais de 650 indígenas atendidos em Pariconha (AL)

O Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL) lançou esta semana o projeto “Meu Título Indígena”, destinado aos povos indígenas alagoanos. Com a proposta de levar os serviços da Justiça Eleitoral para as comunidades no estado, durante quatro dias, o TRE alagoano prestou atendimento a mais de 650 integrantes das comunidades Gerimpankó, Katokinn e Karuazu, no município de Pariconha (AL).

O município foi escolhido para inaugurar as ações do projeto “Meu Título Indígena” por ser a única cidade de Alagoas que possui três diferentes etnias no território, além de ter pouco mais da metade da população – 56,12% – composta por indígenas, o que corresponde a 5.935 pessoas. A expectativa do TRE alagoano é que o projeto chegue a todas as comunidades indígenas do estado nos próximos dois anos.

Projeto

Antes do projeto, os sistemas da Justiça Eleitoral alagoana registravam apenas 97 indígenas; desde então, esse número saltou para 590 eleitoras e eleitores autodeclarados indígenas no estado. Ainda assim, muito abaixo dos cerca de 25 mil indígenas presentes em Alagoas, segundo dados do último censo.

De acordo com o assessor da Presidência do TRE-AL José Ribeiro Lins Neto, a ação realizada nesta semana teve como objetivo restabelecer a dignidade e a cidadania dos povos indígenas presentes no estado a partir do oferecimento de serviços eleitorais. “Foram quatro dias de reuniões com lideranças locais e palestras para os jovens. É fundamental, por exemplo, sabermos a qual etnia cada um pertence. Assim poderemos desenvolver ações adequadas e até mesmo estabelecer a estratégia logística para as próximas eleições”, contou.

Ainda segundo Lins Neto, além de formar eleitores mais conscientes e comprometidos com o fortalecimento da democracia, também há, nas palestras, o estímulo para as candidaturas indígenas. “Muito mais que eleitores indígenas, é preciso que eles entendam a importância de serem devidamente representados em seus municípios, dando voz aos anseios de seus povos e construindo políticas públicas que os beneficiem de várias formas”.

por TSE

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