Na tarde desta quinta-feira, 17, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP/SE), a Polícia Federal e representantes de bancos federais estreitaram os contatos e discutiram ações para conter a ação de criminosos que vêm atacando as instituições financeiras.

Neste ano, a SSP registrou 15 casos de explosões a unidades financeiras, sendo 14 ocorridas em municípios do interior e apenas uma na capital. Cinco dos registros aconteceram em pontos de atendimento bancário.

"Estamos aqui hoje discutindo estratégias para que possamos frear esse tipo de evento que hoje infelizmente é uma realidade em muitas cidades brasileiras. Para se ter uma ideia, no estado da Paraíba só esse ano foram registrados mais de 100 explosões em instituições financeiras", destacou o secretário de segurança pública, João Eloy de Menezes.

O secretário afirmou, ainda, que as investigações para apurar os casos registrados em Sergipe estão em curso e estão sendo coordenadas pelo Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope) com o apoio da Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol) e Comando de Operações Especiais da Polícia Militar (COE).

"Estamos trabalhando bastante para prender esses criminosos. Ações estão sendo realizadas diariamente para evitar novos crimes e esperamos dá uma resposta no tempo certo", lembrou Eloy.

Durante a reunião ficou acertado que a Polícia Federal, com o apoio da Polícia Civil, irá intensificar a fiscalização nas unidades das instituições bancárias com o intuito de cobrar a aplicação mínima prevista em lei de mecanismos de segurança como: alarmes, câmeras, sensores de segurança entre outros.

"A reunião foi muito importante para estreitar os laços com a SSP. A fiscalização já é feita pela Polícia Federal e agora será intensificada para que as agências cumpram com a Lei e possam funcionar. Vamos observar se existem os itens mínimos de segurança exigidos. O não cumprimento da lei prevê advertência, multa e até fechamento da unidade bancária", destacou o delegado da Polícia Federal, Juan Almeida.

Ficou decidido por parte dos representantes das agências bancárias presentes (Banese, Banco do Brasil e Caixa Econômica) o fechamento das portas de autoatendimento mais cedo e a diminuição de numerário nos cashs.

Além disso, foi acordado que caso aconteça novos eventos a informação tem que ser passada rapidamente, através de telefones específicos para atender o caso do Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp), pois nos últimos casos a polícia só foi acionada com uma média de trinta minutos.

Também participaram da reunião o secretário adjunto da segurança pública, João Batista Santos Júnior, a superintendente da Polícia Civil, katarina Feitoza, o comandante da Polícia Militar, coronel Maurício Iunes, o diretor do Cope, delegado Flávio Albuquerque, o coordenador da Polícia Civil do Interior (Copci), delegado Jonhatas Evagelista, o comandante do policiamento militar da capital (CPMC), coronel Jackson Nascimento, e o comandante do policiamento militar do interior (CPMI), coronel Marcony Cabral.

por Agência Sergipe