19 Outubro 2014 - 08:31

Fábrica de cimento Apodi investirá R$ 1 bilhão em Sergipe

Divulgação
O presidente do grupo M.Dias Branco, Francisco Ivens Dias Branco e Jackson Barreto assinam protocolo de intenções para instalação

Principal grupo econômico do Nordeste, o grupo empresarial M. Dias Branco instalará uma unidade de produção de cimento em Sergipe, por meio da subsidiária cimento Apodi. O investimento será de R$ 1 bilhão. O protocolo de intenções foi assinado na manhã desta sexta-feira, 17, em Fortaleza, pelo governador Jackson Barreto, o presidente do grupo M.Dias Branco, Francisco Ivens, e o diretor presidente da companhia industrial de cimento Apodi, Adauto Araújo Farias Júnior. Ainda não há definição sobre o município onde a fábrica será instalada.

O projeto industrial a ser instalado é constituído de uma unidade de produção de cimento operando desde a mineração até o ensacamento do produto e com capacidade de produzir 4.000 toneladas/dia. A unidade atenderá os mercados sergipanos e de outros estados do Nordeste.

No protocolo de intenções firmado, ficou acertado que o grupo priorizará a mão-de-obra local, bem como a contratação de fornecedores de bens e serviços estabelecidos no estado.

 “Vejo com muita alegria a presença do grupo M. Dias Branco, através de sua subsidiária a Cimento Apodi, em Sergipe. Este é um projeto promissor que poderá elevar Sergipe ao patamar de maior produtor de cimento do país”, afirmou o governador. Atualmente, Sergipe possui três fábricas atuando no mercado – Grupo Votorantim (Laranjeiras), Itaguassu (Nossa Senhora do Socorro) e Mizu (Pacatuba).

As tratativas para instalação do grupo M. Dias Branco em Sergipe começaram em dezembro de 2013, quando os representantes do grupo estiveram em Sergipe e apresentaram o projeto ao governador. Na ocasião, o presidente da Apodi Cimentos, Adauto Farias, declarou que o grande potencial de desenvolvimento do estado foi determinante para o grupo em investir em Sergipe.

“Sergipe é um estado muito bem administrado e há muito tempo vislumbrávamos essa oportunidade. Aqui estamos numa posição estratégica muito importante, já que estamos próximos a Salvador e próximos a Recife, e isso configura num local muito bom para se colocar uma indústria. Além disso, a farta presença de calcário no subsolo oferece muita matéria prima para a indústria de cimento”, afirmou.

Boa opção de negócio

Sergipe se tornou polo de atração de empresas e indústrias nos últimos sete anos. A combinação de uma política de desenvolvimento industrial com boa infraestrutura impulsionou a fixação de 103 novos estabelecimentos empresariais aqui, gerando mais de 12 mil empregos.

Este ano, foram aprovados 35 empreendimentos que, juntos, proporcionarão R$ 84,4 milhões em investimentos e aproximadamente 1.000 novos empregos. Os números mostram o dinamismo da economia do estado, que diversificou seu parque industrial, interiorizou as plantas industriais e implantou centros empresariais para fomentar o desenvolvimento regional.

A localização sergipana também é um fator favorável na atração de empresas. Próximo dos estados de Pernambuco e Bahia e com uma malha viária moderna, os custos da distribuição de produtos ou insumos a partir de Sergipe são menores para outras regiões.

Diversificação

A economia sergipana deu um salto quantitativo e qualitativo nos últimos sete anos. Em 2011, o estado teve o maior PIB per capita do Nordeste (R$ 12.536,45), cerca de 20% acima da média da região. Além do crescimento fundamentado na evolução econômica do país e do estado, o parque industrial renovou-se, ampliando o número de indústrias e diversificando as linhas de produção.

Atualmente, temos empresas dos setores de telemarketing, artefatos plásticos, metalurgia, fabricação de colchões, beneficiamento de arroz, confecção, curtume, artefatos de cerâmica, fabricação de especiarias, molhos e condimentos, comércio e indústria de cabos elétricos para fins automotivos, tecelagem de fios de algodão, artefatos de cimento, minerais não metálicos, produtos químicos, dentre outros.

Para a concessão de incentivos, os empreendimentos passam por uma avaliação do Conselho de Desenvolvimento Industrial (CDI), que coordena e propõe diretrizes, prioridades e mecanismos necessários. Os empreendimentos são avaliados pela elevação do nível de emprego e renda, a descentralização econômica e espacial das atividades produtivas, a modernização tecnológica do parque industrial e a preservação do meio ambiente.

Mesmo não fazendo parte do grupo de beneficiários do PSDI, o setor de telemarketing também chegou a Sergipe e apenas uma empresa, atraída pelo Governo do Estado, gera cerca de seis mil empregos, com pouco mais de um ano de funcionamento.

Sergipe também estimulou a interiorização dos investimentos, tornando o desenvolvimento mais homogêneo. Cerca de 70% das 103 empresas atraídas instalaram-se no interior. “Tivemos a preocupação de direcionar investimentos intensivos em mão de obra para as diversas regiões”, disse o governador Jackson Barreto. 

por Agência Sergipe

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