21 Novembro 2012 - 14:01

Centro de Oncologia do Huse atende 80 novos casos por ano

Divulgação
A coordenadora da Oncologia do Huse, Rute Andrade

Do diagnóstico à celebração da cura, foi uma longa e difícil batalha que a vida impôs à dona de casa Vânia Porto, quando descobriu que a filha Ketely Mariane, à época com um ano e quatro meses, estava com um tumor no cérebro. “Ela começou a perder o equilíbrio. A pediatra nos encaminhou a um neurologista. Antes da consulta com o neuro, ela teve uma convulsão e foi encaminhada para o Huse. Foi feita uma tomografia e diagnosticada a doença”, relembrou a mãe.

Após o diagnóstico, Mariane passou por duas cirurgias e começou a quimioterapia. “Mas o tumor voltou. Daí ela começou a radioterapia”, conta Vânia. Hoje, aos cinco anos de idade, a menina está há três anos sem a doença. “Graças a Deus, hoje ela tem uma vida normal: vai à escola, brinca. Tivemos um excelente tratamento aqui, tanto que hoje minha filha adora participar das festas da Oncologia”, salienta.

Histórias como essa e muitas vezes com o mesmo final feliz se repetem diariamente no Centro de Oncologia do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) que atende hoje 15 mil pacientes cadastrados. Desse total, cerca de 700 são crianças. Em Sergipe, 80 novos casos são descobertos por ano em crianças. Entre os mais comuns estão leucemias, linfomas, tumores cerebrais e os intra-abdominais.

A cirurgiã pediatra, Margareth Rangel, faz um alerta aos pais. “Os sintomas, muitas vezes, são corriqueiros como manchas roxas no corpo que não tiveram relação com pancadas, tumorações, seja na barriga ou no pescoço, sangramento pela boca ou pelo nariz sem qualquer causa identificada, palidez, febre persistente. Porém, se essas queixas se repetem, os pais precisam buscar atendimento e o médico estar atento à possibilidade de estar diante de um caso oncológico” revelou.

De acordo com o oncologista pediátrico, Venâncio Gumes, o diagnóstico precoce é fundamental para o prognóstico do paciente. “Hoje em dia, mundialmente falando, 80% dos cânceres que acometem as crianças têm cura. Quanto antes o diagnóstico for feito, melhores são as chances de cura”, destaca o médico.

“Nosso centro de oncologia hoje é referência no Nordeste. Só este ano foram mais de 10 mil quimioterapias. Por dia, realizamos, em média de 60 a 60 sessões. Isso sem falar nas cirurgias. Até outubro foram 360, mais do que o ano passado. Números que refletem um setor que funciona de forma intensa e com equipe de uma dedicação que emociona", afirma o secretário estadual da Saúde, Silvio Santos.

Tratamento

Os usuários assistidos no Centro de Oncologia do Huse têm à disposição todos os serviços relacionados ao diagnóstico e tratamento do câncer: quimioterapia, radioterapia, tomografia, além de quadro médico completo e equipe multidisciplinar capacitada e compromissada com o projeto de humanização proposto pela coordenação.

Medicamentos e intervenções clínicas são fundamentais para o tratamento do paciente. A coordenadora da Oncologia do Huse, Rute Andrade, destaca que a humanização também é uma forma especial de tratar a doença. “O acolhimento que oferecemos aos nossos pacientes vem do nosso coração. Um clima de descontração para o paciente e sua família que passam momentos angustiantes dentro do hospital durante o processo de tratamento. Por isso, é preciso torná-lo o menos traumático possível”, concluiu. 

por Agência Sergipe

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