29 Janeiro 2024 - 11:04

Policiais penais concluem treinamento para uso de cães em operações policiais

Após uma semana de intenso treinamento, seis policiais penais concluíram duas capacitações promovidas pela Polícia Militar de Sergipe, por meio da Companhia Independente de Policiamento com Cães (CIPCães), com o objetivo de preparar os profissionais para atuação e emprego de cães em operações policiais. Os treinamentos, realizados por instrutores da Polícia Militar de Alagoas e da Bahia, foram voltados para a conduta de patrulha em local de alto risco (CPLAR-K9) e o mantrailing (emprego do cão para a busca de pessoas desaparecidas ou foragidos da justiça por meio de odor específico).

Segundo o subcomandante da CIPCães, tenente Hamilton, as instruções fazem parte de um cronograma elaborado pela unidade, que visa o treinamento contínuo tanto do efetivo da Polícia Militar como de outras forças de segurança pública, para o emprego de cães na atividade operacional, seja auxiliando no trabalho de buscas de drogas, armas de fogos, explosivos, até a localização de foragidos.

Nos três primeiros dias de instrução, de 22 a 24 de janeiro, os alunos contaram com atividades teóricas e práticas que envolveram instruções de tática individual, definição, composição, tipos e formações de patrulha, além de tipos de deslocamento e noções de patrulhamento em área de alto risco utilizando cães.

“Além dos conceitos teóricos sobre esse tipo de patrulha que é bastante utilizada pelas polícias do Brasil, também trouxemos para Sergipe o treinamento operacional, com a realização de patrulhas furtivas e dinâmicas com o acréscimo do cão”, explica o cabo Anderson, um dos instrutores do curso, pertencente ao canil da Polícia Militar de Alagoas.

Mantrailing

Na segunda parte do treinamento, ocorrida de 25 a 27 de janeiro, os operadores da segurança foram contemplados com o treinamento especial de mantrailing, ou seja, técnica que consiste na busca, com cães, de pessoas por meio de odor específico, que pode ser apresentado ao animal a partir de peças de roupas, joias, calçados usados, por exemplo.

“A técnica permite que o cão consiga localizar uma pessoa através de qualquer artigo de odor que seja deixado no local, a exemplo de uma camisa, calça, um boné. A partir dessa habilidade, o animal segue em busca do cheiro”, destaca o instrutor do curso, soldado Lins Henrique, da Polícia Militar do Estado da Bahia.

Com o objetivo de aperfeiçoar o conhecimento que já possui sobre o tema, a policial penal Laira de Oliveira decidiu participar das capacitações com cães como forma de contribuir para o fomento da Cinotecnia no âmbito da Polícia Penal. “Além de aprimorar o conhecimento, a nossa participação acaba sendo uma forma de apoiar a inserção dessa grande ferramenta que é o cão, no dia a dia nas unidades prisionais, fortalecendo, ainda mais, o trabalho da Polícia Penal sergipana. Então foi de grande importância essa experiência”, afirma Laira de Oliveira.

Ainda, segundo ela, já está em curso um projeto para viabilizar a construção e implantação de canil na Polícia Penal, para a utilização dos animais em diversas operações, como de faro, vistoria em celas, transporte, mercadorias e perímetro interno e externo de unidades prisionais. “A nossa expectativa é de que, em breve, Sergipe também tenha um canil para dar esse apoio no serviço realizado nas penitenciárias do Estado”, destaca a policial penal.

APH-K9 (Canino)

Em fevereiro deste ano, policiais penais participarão de nova capacitação promovida pelas equipes da CIPCães. Trata-se do curso de Atendimento Pré-Hospitalar Canino (APH-K9), que objetiva capacitar os profissionais para a realização de atendimentos pré-hospitalares aos cães de busca, resgate e salvamento em situações de emergência em desastres, como também em locais de difícil acesso, até a chegada ao atendimento médico veterinário.

por Agência Brasil

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