A busca insana pelo “Corpo Perfeito”, leva jovens a atravessar um perigoso limite entre Estética versus Saúde

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A estética virou um mercado de "corpos perfeitos".

Obter um corpo bonito e saudável, se tornou uma busca constante para muitas pessoas, em um mundo onde a imagem é cada vez mais valorizada e corpos idealizados brilham diariamente nos anúncios de televisão e nas redes sociais. Essa procura pelo corpo ideal, muitas vezes, pode levar a pessoa a atravessar um perigoso limite entre estética e saúde. É nessa que muitas pessoas acabam entrando em dietas malucas que prometem (e nunca cumprem), planos de alimentação de forma inadequada, usar medicamentos que danificam o funcionamento do corpo, levando o indivíduo a cavar a própria cova.

Uma pesquisa realizada pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética, revelou que o Brasil e Estados Unidos são responsáveis por 28,4 % do total de procedimentos estéticos no mundo, dividindo a liderança nesse setor que muitos jovens procuram, às vezes sem uma real necessidade. Foram quase 1,5 milhão de cirurgias plásticas, totalizando mais de 700 mil procedimentos estéticos não cirúrgicos realizados no país, em sua grande parte realizados por jovens buscando o "ápice" da beleza humana. Um dado importante refere-se aos adolescentes de 13 a 18 anos, em procedimentos de rinoplastia e o aumento das mamas, procedimentos incomuns para pessoas dessa faixa etária.

Quando falamos de adolescentes, os cuidados precisam ser redobrados, já que se trata de uma parcela da população que busca aprovação no grupo com o qual convive, já nascendo no contexto de redes sociais. Esse aumento de cirurgias plásticas em adolescentes tem acontecido em decorrência da mídia, incluindo as redes sociais, e também pela baixa autoestima que o próprio mercado tem causado nas meninas jovens, por meio de propagandas com blogueiras da moda. A estética deveria ser apenas uma área de saúde, mas tornou-se um mercado.