04 Abril 2013 - 10:48

Ato público em Olho d’Água das Flores repudia violência contra a mulher

Ascom SEMCDH
Caminhada reuniu centenas de pessoas, com Katia presente

“Violência? Não! Paz? Sim!” – era o grito que ecoava nas ruas do município de Olho d’Água das Flores durante o ato público de repúdio pelo brutal assassinato da jovem Eliene da Silva, realizado nesta quarta-feira (3) pela sociedade local com apoio da Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos.

“Hoje é um dia para se indignar, dia de refletir... Porque dói no coração ver mais uma morta como esta. Isto [o acusado preso] para mim não é homem. Homem que bate, que não respeita, que não protege e não ama a mulher, não pode ser tido como homem. E nós estamos aqui hoje para reforçar o esforço do governo estadual de erradicar os índices de violência contra a mulher”, disse a secretária da Mulher, Katia Born.

Eliene foi estuprada e em seguida assassinada a facadas em um terreno baldio, na quinta-feira 28 de março. O principal suspeito do crime foi preso. “Foi um crime covarde dessa pessoa que se diz homem. Estar aqui hoje e ver toda a cidade reunida pedindo paz é sinal de que a sociedade está consciente do seu direito e inconformada com a violência contra a mulher”, argumentou Solange Viégas, superintendente de Políticas para Mulheres da secretaria.

O ato foi marcado pela presença de centenas de pessoas, muitas delas vestidas de branco, percorrendo as ruas da cidade sertaneja. “Faço um apelo a vocês, jovens, para mudar a nossa sociedade! E é a partir da educação que podemos fazer isso”, clamou a diretora municipal Sara Nayle, que já foi professora da vítima.

O pensamento foi endossado pela prefeita de Olho d’Água das Flores, Ester Damasceno, que disse acreditar na educação como “ponto de partida para uma sociedade digna e sem violência”.

Fortemente abalada, a família de Eliene acompanhou toda a caminhada. “É uma perda que eu não sei nem explicar. Agora eu só quero justiça”, disse emocionada dona Eda, mãe da jovem.

Na caminhada, foram distribuídos cartilhas, adesivos e folhetos sobre a Lei Maria da Penha, além de cartazes e faixas de repúdio à violência.
 

por Agência Alagoas

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