04 Maio 2013 - 11:40

Produção da mandioca em grande escala é aposta para transformar Agreste

Representantes do Fórum da Mandioca, técnicos, produtores e gestores públicos se reuniram nesta quinta-feira (2), em Arapiraca, para discutir a situação do setor, que registrou perdas por conta da estiagem, e o andamento de alguns projetos focados no apoio aos agricultores.

Um deles é um convênio entre a Companhia de Desenvolvimentos dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e o Governo do Estado, de inclusão produtiva para a área rural nos 50 municípios de atuação da entidade. Por meio dessa parceria, serão adquiridas máquinas, oferecida capacitação técnica para execução de ações em áreas como mandiocultura, fruticultura, ovinocaprinocultura, bovinocultura leiteira e outras atividades.

“A produção de mandioca em grande escala é a aposta para transformar o quadro econômico no Agreste de Alagoas”, frisou o secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, José Marinho Júnior, que também participou da reunião.

A mandioca é uma cultura predominante de pequenos agricultores e ocupa, em todo o Brasil, uma área plantada de 2 milhões 346 mil hectares. No Nordeste e em Alagoas, a produção e comercialização se fortalecem a cada ano.
Outro projeto destacado durante a reunião do Fórum foi o da Rede de Multiplicação e Transferência de Materiais Propagativos de Mandioca com Qualidade Genética e Fitossanitária (Reniva), que beneficiará os Estados de Alagoas, Bahia, Pernambuco e Piauí.

Ainda em fase inicial e planejamento para 2013 e 2014, com recursos de R$ 49 milhões dos Ministérios da Integração Nacional (MI) e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) pelo Plano Brasil Sem Miséria, o projeto será executado pela Embrapa e pela Codevasf. Ele vai consolidar a oferta de material vegetativo, inclusive maniva, para os agricultores que compõem o APL Mandiocultura. Pelo Reniva, serão multiplicadas variedades reconhecidamente mais produtivas e com altos teores em amido, além de serem mais resistentes ao clima semiárido.

Durante a reunião, o deputado federal Givaldo Carimbão disse que a cultura agrícola da região Agreste passa por mudanças. "No passado, o fumo já dominou as áreas plantadas do Agreste de Alagoas; atualmente, com o acordo internacional para redução do consumo de fumo, a transformação no campo é inevitável e nós temos que incentivar produções como a de mandioca, por meio do fortalecimento dos pequenos agricultores, cooperativas e associações. Assim, conseguiremos estruturar com maquinário, capacitações e comercialização competitiva no mercado nacional”, destacou o deputado.

"Temos preocupações naturais de melhoria de qualidade da cadeia da mandioca e seus derivados, por isso sabemos que projetos como o Reniva vêm para mudar os paradigmas da forma de se plantar, produzir, comercializar a mandioca e assim atender às solicitações de mercado”, explicou.

A reunião do Fórum da Mandioca também contou com representantes das Secretarias de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), Planejamento e Desenvolvimento Econômico (Seplande), Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Sebrae/AL, entre outros parceiros, cooperativas e associações.


 

por Agência Alagoas

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