07 Janeiro 2012 - 20:30

Reeducandos do sistema penitenciário são aprovados no Enem

O Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) deste ano teve 101 reeducandos do sistema penitenciário de Alagoas inscritos para a prova. Deste total, 61 candidatos – o que corresponde a 60% dos inscritos – conseguiram a aprovação e estão habilitados para concorrer a vagas em universidades e institutos federais de educação por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

O bom resultado alcançado na prova é fruto do esforço individual de cada reeducando e da dedicação e incentivo dos profissionais que trabalham na Gerência de Educação da Superintendência Geral de Administração Penitenciária (Sgap).

Para o superintendente geral de Administração Penitenciária, ten. cel. Carlos Luna, a notícia é excelente. “Uma das principais causas do analfabetismo é a falta de acesso à educação e nos presídios alagoanos nos deparamos com as consequências desta triste realidade”, diz ele.

“Os técnicos foram em cada unidade, em cada módulo, divulgando o calendário de provas do Enem, dando publicidade ao edital e verificando os que tinham a documentação exigida para a inscrição”, destacou a gerente do Núcleo de Educação, Andréa Rodrigues de Melo.

No Núcleo Ressocializador da Capital (NRC), agentes penitenciários com formação superior em várias áreas organizaram um cursinho, preparando os reeducandos para as diversas disciplinas.

A nota obtida pelos primeiros 15 reeducandos aprovados foi considerada muito boa em comparação com a média geral de Alagoas. Um dos inscritos obteve 900 pontos na prova de redação – resultado considerado excelente, já que a pontuação mais alta é de mil pontos. “A vaga na universidade agora vai depender do curso escolhido e da média de acesso para este curso”, explicou a gerente de Educação.

Educação e Ressocialização

Na Sgap, o trabalho de educação e formação profissional tem chamado a atenção e conta com importantes parceiros, como o Sesi, que atua na educação carcerária. “A educação de jovens e adultos nos presídios é de fundamental importância, sendo fator imprescindível para o processo de ressocialização dos reeducandos e consequente mudança de vida’, diz Carlos Luna.
 

por Agência Alagoas

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