07 Julho 2012 - 13:35

Pesquisa revela que maioria dos estudantes da Uncisal é de Alagoas

 

A Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), que conta atualmente com nove cursos superiores voltados à área da saúde, realizou, por intermédio da Pró-Reitoria Estudantil (Proest), uma pesquisa socio-econômica-cultural junto a seus estudantes.

Com a prática da implementação de 50% das vagas para o sistema de cotas sociais, os dados revelaram que a Uncisal é uma universidade composta de 91% de estudantes alagoanos. “Isso é uma conquista para o ensino de Alagoas. A Uncisal hoje é uma universidade alagoana para formação superior de alagoanos”, declarou a reitora Rozangela Wyszomirska.

“A pesquisa teve como objetivo conhecer as condições sociais, econômicas e culturais dos estudantes de graduação da universidade, visando dimensionar os níveis de carência e afirmar as necessidades da implementação de políticas mais amplas de assistência estudantil, inseridas no Plano de Desenvolvimento Institucional e concebidas como direito do estudante”, expôs a pró-reitora Estudantil, Rosimeire Rodrigues Cavalcanti.

A pesquisa foi aplicada em 2011 e 2012 com os alunos ingressantes de todos os cursos depois da liberação de 50% de cotas sociais. “Os dados coletados serão referência para a definição de políticas e para definir a distribuição dos recursos para assistência estudantil”, afirmou Rosimeire.

Dados da Pesquisa

A pesquisa constatou que 100% dos alunos dos cursos de Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Enfermagem, Radiologia, Sistemas Biomédicos, Análise e Desenvolvimento de Sistemas são de Alagoas. No curso de medicina, esse percentual é de 81%, enquanto em Fonoaudiologia são 97% e, em Processo Gerenciais, 98%.

Já quanto à cor, é predominante em todas as pesquisas e em todos os cursos a cor parda, com 55% dos alunos de todos os cursos da cor parda. Além disso, 33% se declaram brancos, 8% da cor preta, 3% amarelos e 1% indígena.

Em 2010, o número de estudantes dos cursos de graduação era, em sua maioria, oriunda de escolas particulares, exceto os cursos tecnológicos. A partir de 2011, com a abertura de 50% de cotas sociais, o número de discentes oriundos de escolas estaduais aumentou.

A pesquisa revela também que houve diferença do alunado, de 2010 para hoje. No curso de Medicina, por exemplo, onde a renda familiar de 28% dos alunos era maior do que 12 salários mínimos, atualmente se observa uma inversão, com 25% dos discentes desse curso na faixa de meio a dois e meio salários mínimos por mês. Também nos cursos de Fisioterapia e Fonoaudiologia observou-se um aumento no percentual de alunos, cuja renda mensal familiar encontra-se entre dois e meio a cinco salários.

Os dados revelam que cerca de 800 alunos matriculados nos cursos de graduação presenciais da Uncisal são membros de famílias em situação de vulnerabilidade social. “Estes resultados mostram a cultura e a sociedade estudantil atual desta universidade, que requer, antes de tudo, uma ampliação de agentes mobilizadores para a consolidação da cidadania”, revela a pró-reitora Estudantil, Rosimeire Rodrigues.
 

por Agência Alagoas

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