08 Julho 2013 - 10:34

Exames podem não enxergar tumores em estágio inicial

Divulgação
podem indicar um câncer grave quando, na verdade, pode ser uma doença mais simples

Existe uma dúvida recorrente entre as pessoas que têm ou tiveram pacientes e amigos com câncer. Com tanta tecnologia, pesquisas e exames disponíveis atualmente será que não é possível usar tais equipamentos para rastrear o câncer? Sabendo que muitos tumores são descobertos ocasionalmente em exames de rotina ou que visam outras doenças, será que não é possível utilizar tais exames na luta contra o câncer?

Na lista de técnicas e tecnologias temos a tomografia computadorizada, a ressonância magnética, o raio-X, a ultrassonografia, os exames de contraste e que utilizam o efeito Doppler entre outros. Todos esses podem revelar um tumor acidentalmente, mas não são efetivos quando o assunto é rastreamento do câncer. O termo rastreamento é muito utilizado nos meios médicos e acadêmicos e engloba uma série de procedimentos eficazes no diagnóstico de doenças específicas.

Segundo o Ministério da Saúde, do ponto de vista da oncologia, apenas a mama, o colo-uterino, a próstata e o intestino podem ser rastreados de forma massiva na população, ou seja, tais órgãos possuem exames e protocolos definidos para o diagnóstico precoce do câncer.

A oncologista Andrea Albuquerque explica que os programas de rastreamento só devem ser feitos em áreas onde a prevalência de um determinado tipo de câncer é alta. Outro critério é quando há um benefício comprovado destas medidas na detecção da doença, permitindo a confirmação do diagnóstico, a definição do tratamento e o seguimento adequado para cada caso.

"Do contrário, não existe benefício em realizar exames aleatórios para detectar um câncer, uma vez que resultados "falso-positivos" podem induzir a realização desnecessária de procedimentos que podem pôr em risco a saúde física da pessoa. Além disso, podem causar dano psicológico, bastante comum em indivíduos que se defrontam com a possibilidade de ter a doença", acentuou a especialista.

Por mais modernos que sejam, tais exames podem não “enxergar” tumores no estágio inicial e dar uma falsa impressão de segurança ao paciente. Além disso, podem indicar um câncer grave quando, na verdade, pode ser uma doença mais simples.

por Ascom - Santa Casa de Maceió

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