08 Dezembro 2011 - 13:30

A arte que vem das mãos e promove a reinserção social

A delicadeza e a sensibilidade na confeçção da arte produzida pelos usuários do Hospital Escola Portugal Ramalho viram coloridos objetos de decoração. Tudo em nome da reinserção social.

Um projeto existente há anos no hospital tem elevado a autoestima e valorizado as aptidões de cada um dos internos. São trabalhos manuais que servem de terapia para 170 usuários do hospital-escola.

“Eles confeccionam desde tapetes, bonecos e uma variedade de adornos que são chamados de ‘convites’, com os quais enviamos à imprensa para celebrarmos as datas mais importantes no ano”, informa João Neto, coordenador do setor de Recreação do Hospital-Escola Portugal Ramalho.

E os objetos produzidos por eles são temáticos e referem-se a datas comemorativas como o Carnaval, Páscoa, São João, Natal e a chegada da Primavera. “Não é a toa que o Carnaval do Maluco Beleza se tornou uma referência, em que toda fantasia é produzida pelos próprios internos”, destaca.

Tudo o que é confeccionado pelos pacientes do hospital, explica Neto, é exposto em para o público interno do hospital (funcionários, médicos e psicólogos), que admiram o trabalho, estimulam cada vez mais a produção de novos produtos e acabam comprando as peças.

“O importante é que isso se transforma em uma maneira de incentivo para a autoestima deles, o que se diferencia de comercialização, uma vez que esse não é o objetivo, até porque a instituição não tem fins lucrativos”, completa Neto.

É com projetos como esses que gente como Luciana de Oliveira Silva, 32 anos, e dois filhos, e que desde os 13 anos de idade frequenta o hospital-escola ocupa o tempo. “Eu acho maravilhoso, porque me faz esquecer o trauma que carrego desde criança quando vi minha mãe ser presa”, conta Luciana.
 

por Agência Alagoas

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