O processo envolvendo o assassinato da deputada federal Ceci Cunha e mais três parentes da parlamentar, todos executados a tiros em Maceió na data de sua diplomação à Câmara Federal na noite de 18 de dezembro de 1998, crime que ficou conhecido como “Chacina da Gruta”, terá um de seus recursos julgado na próxima quinta-feira, 16, pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª Região.
A data de mais uma etapa do processo judicial que aponta o ex-deputado estadual Talvane Albuquerque como mandante do crime que foi executado por quatro pistoleiros. Talvane era suplente de Ceci e herdaria a vaga com a morte da parlamentar. O desembargador federal Marcelo Navarro Ribeiro Dantas, relator do recurso a ser julgado, agendou o julgamento após ofício enviado pela Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ), entidade que enfatiza a relevância social do caso que aguarda um desfecho na Justiça há 13 anos.
O caso foi incluído no Programa Justiça Plena da Corregedoria Nacional de Justiça, que tem a finalidade de monitorar o andamento de processos de grande repercussão social que estão com o andamento paralisado no Judiciário Brasileiro, em novembro de 2010, na ocasião do lançamento do programa.
Ações mais recentes do Caso Ceci Cunha
Em março deste ano, o tribunal decidiu manter a sentença de primeiro grau contra os acusados do assassinato da deputada e mais três parentes, no sentido de levar finalmente o caso à júri popular. No entanto, um novo recurso dos réus ‘travou’ o processo, pendência que será julgada no próximo dia 16 pelos desembargadpores do TRF da 5ª Região.
Mesmo após a confissão de participantes do assassinato e a conclusão do inquérito policial e da investigação na esfera judicial, o processo ainda não teve um desfecho legal. Por isso, os réus que devem ir à júri popular por homicídio duplamente qualificado aguardam em liberdade, inclusive o suposto autor intelectual Pedro Talvane Luiz Gama de Albuquerque Neto e os acusados pela autoria material do crime Jadielson Barbosa da Silva, Alécio César Alves Vasco, José Alexandre dos Santos e Mendonça Medeiros Silva.
O processo que atualmente possui 29 volumes já passou por instâncias das justiças estadual e federal, além de inúmeros recursos interpostos pelos réus, manobras jurídicas que atrasam a conclusão do caso.
por Redação com Agência CNJ de Notícias
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