09 Junho 2011 - 17:38

Em greve, servidores do MPF conseguem apoio da chefia

Em Alagoas, a greve dos servidores do Ministério Público Federal (MPF) já surtiu o primeiro resultado, apenas um dia após sua deflagração. Em memorando enviado ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, o procurador-chefe em exercício da Procuradoria da República em Alagoas, Gino Lôbo, manifestou apoio à iniciativa dos servidores e solicitou do PGR que o mesmo ofereça uma posição clara quanto ao apoio efetitvo do MPF para garantir, no Congresso Nacional, a aprovação do Planos de Cargos e Salários (PL 6697), que tramita há mais de dois anos, sem resolução.

De acordo com o documento enviado ao chefe do MPF nacional, a greve na procuradoria da República em Alagoas atinge cerca de 60% dos analistas e técnicos, que estão registrando o ponto manualmente. Já os 30% exigidos para a legalidade da greve estão sendo cumpridos nos serviços considerados urgentes.

No primeiro dia de manifestação, os servidores vestidos de preto realizaram apitaço dentro da sede do MPF, almoço coletivo, ginástica laboral coletiva, e também foi promovida uma palestra sobre greve no serviço público com o vice-presidente da CUT, Cícero Lourenço da Silva. Também foram colados cartazes convocando os demais servidores para aderirem ao movimento, que se espalha por todo o País.

Prejuízo - Segundo o documento do procurador Gino Lôbo, a ausência coletiva dos servidores nas atividades tem dificultado o cumprimento de prazos processuais e o regular desempenho das atividades. O procurador ressaltou, no entanto, que é legítima a luta dos servidores por melhores salários e condições de trabalho, sobretudo para o cumprimento pleno das funções institucionais do Ministério Público.

Lembrou inclusive a alta rotatividade de servidores de alta qualificação em busca de melhores remunerações em outros ramos do serviço público, um problema que atinge o MPF nacionalmente. O último plano de carreiras da categoria entrou em vigor há mais de cinco anos. O que torna os profissionais do Ministério Público da União, bem como os do Judiciário, em enorme defasagem se consideradas algumas carreiras do executivo, como as da Receita Federal.

A mobilização dos servidores continua, por tempo indeterminado.

 

 

por Divulgação

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