Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, celebrado em 08 de março, a Prefeitura de Igreja Nova promoveu nesta quarta-feira, 13 de março, palestras e atendimentos para as igreja-novenses. Informações sobre direitos do sexo feminino, com ênfase na Lei Maria da Penha, foram debatidas durante a programação encerrada com uma caminhada de alerta sobre a violência contra a mulher.
As atividades promovidas pelas Secretarias Municipais do Trabalho, Habitação e Assistência Social; de Saúde e de Educação começaram no auditório da Escola Estadual Pedro Reys. Após a formação da mesa diretora dos trabalhos, presidida por Luciane Salgueiro – titular da SEMTHAS –, o grupo folclórico Guerreiro do Povoado Palmeira dos Negros deu início as apresentações.
Guerreiras
Liderado por Valdenice dos Santos Oliveira, a Mestre Nicinha, o grupo é um exemplo do que a capacidade feminina é capaz de fazer. Aos 60 anos, a responsável pelo Guerreiro retomou há oito anos a ‘brincadeira’ que aprendeu ainda criança, herança cultural que repassa às próximas gerações da comunidade remanescente quilombola.
Após a apresentação do Guerreiro da Mestre Nicinha, a equipe do CRAS e do CREAS da Prefeitura de Igreja Nova expôs a importância de se manter e ampliar direitos para mulheres. Apesar dos avanços alcançados, persistem injustiças como salário menor para mulheres que desempenham a mesma função de um homem, conforme ressaltou a assistente social Rafaela Garcia.
Denunciar
Maysa Cruz coordena o CREAS (Centro de Referência Especializada em Assistência Social), setor que atende casos de violência contra mulheres e crianças, oferecendo o encaminhamento necessário e resguardando o anonimato da vítima. Ela explicou que as denúncias podem ser feitas por qualquer pessoa, assegurando o anonimato de quem informar.
“A gente precisa da parceria de vocês, não denunciar é abrir mão de todos esses direitos que conseguimos até hoje”, disse Maysa Cruz sobre o silêncio que o Movimento das Mulheres Trabalhadoras Rurais e Pescadoras (MMTRP) também combate. “Em briga de marido e mulher a gente mete a colher sim!”, afirmou Vânia Gonçalves, representante da organização não-governamental para o Baixo São Francisco.
Maria da Penha
O instrumento legal de amparo às mulheres vítimas de violência está na Lei Maria da Penha, tema de palestras realizadas no auditório da Escola Pedro Reys e também na Frei Clemente Sagan, local onde foram concentrados os atendimentos promovidos pela Secretaria Municipal de Saúde.
Os danos na mulher agredida fisicamente geraram um aumento de pedidos de auxílio doença e também de aposentadoria por invalidez, conforme informou Endemberg da Fonseca, servidor do INSS em Igreja Nova. O órgão federal passou então a investigar os motivos das solicitações e a cobrar do agressor o ressarcimento dos benefícios pagos pela União.
Atendimentos
Além das orientações e dos serviços prestados pela Prefeitura, a Administração Governando Para Todos sorteou brindes, distribuiu panfletos – inclusive um livreto sobre a Lei Maria da Penha – e ofertou lanche (frutas, sucos, sanduíches e bolos). Unidas numa caminhada de protesto sobre a violência contra a mulher, as participantes encontraram-se na Praça Frei Clemente Sagan.
As igreja-novenses receberam atendimento médico-odontológico na unidade móvel de saúde e na sede do CAPS. Orientada pela enfermeira Silvana Porangaba, a equipe da Coordenação de Atenção Básica aplicou vacinas contra hepatite, tétano e a tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba). A prevenção de problemas de saúde também aconteceu nos locais onde foram realizados exames citológicos, de glicemia e verificação de pressão arterial.
Saúde Bucal
A Coordenação de Saúde Bucal, liderada pela odontóloga Elizângela Vieira, promoveu trabalho de diagnóstico preventivo de câncer bucal e a triagem de pacientes que necessitam de prótese dentária. Todos os serviços registraram grande presença de público graças à mobilização feita pelos setores da Administração Governando Para Todos envolvidos no projeto, em especial os agentes comunitários de saúde.
por Redação com Assessoria
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