A Polícia Federal, o Ministério Público Federal e o INSS deflagraram na manhã desta terça-feira, 14, a Operação CID-F para desarticular uma quadrilha especializada em fraudes para concessão de benefícios pagos pela Previdência Social. Faziam parte da quadrilha médicos peritos, contadores e servidores do próprio INSS, acusados de participar do esquema que causou prejuízo aos cofres públicos estimado em mais de R$ 12 milhões de Reais.
Além dos integrantes da suposta quadrilha, foram presas pessoas que se beneficiavam do esquema, recebendo indevidamente auxílio doença ou aposentadoria por invalidez. A investigação contou com a participação de servidores do próprio INSS, integrantes da Força Tarefa Previdenciária, conforme divulgação oficial do caso em nota assinada o pelo Instituto Nacional do Seguro Social, Ministério Público Federal em Alagoas e aSuperintendência da Polícia Federal em Alagoas.
Foram cumpridos ao todo oito mandados de prisão preventiva, 16 mandados de prisão temporária, quatro mandados de condução coercitiva, além de 25 mandados de busca e apreensão.
Nomes dos presos não foram divulgados pela PF
Os nomes dos envolvidos não foram divulgados, pois o inquérito policial corre em segredo de justiça. No entanto, sabe-se que há entre os presos seis funcionários do INSS, sendo três médicos peritos e três servidores de uma agência da previdência localizada no Centro de Maceió.
Donos de escritórios de contabilidade também faziam parte do esquema, e estão entre os detidos na manhã de hoje. A participação dos contadores consistia em criar vínculos empregatícios falsos para os interessados. As empresas utilizadas nas fraudes eram fantasmas.
O nome da operação (CID-F) está relacionado à Classificação Internacional de Doenças, cuja letra “F” distingue problemas psiquiátricos. Apurou-se que os beneficiários, invariavelmente, simulavam possuir transtornos mentais. Existem evidências de que a quadrilha já vinha atuando há pelo menos 03 anos.
Estelionato, formação de quadrilha e outros crimes
Os acusados responderão pelos crimes de estelionato qualificado, formação de quadrilha, falsidade ideológica, uso de documento falso, inserção de dados falsos em sistema de informações, corrupção ativa e passiva, além do crime de falsa perícia. As penas somadas podem atingir mais de quarenta anos de prisão.
O Ministério Público Federal em Alagoas acompanhou todas as investigações e encaminhou à Justiça os pedidos de prisão e busca e apreensão que viabilizaram a operação desta terça-feira.
por Redação com Divulgação
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