14 Dezembro 2012 - 21:48

Fraudadores do INSS em Alagoas desviaram aproximadamente R$13 milhões

Cortesia
Só este ano, a quadrilha desviou R$ 1 milhão do instituto

Na tarde desta sexta-feira (14), em coletiva realizada da sede da Polícia Federal, foi apresentando os desdobramentos da operação CID-F 2ª Parte. A operação que ocorreu nesta manhã, teve o intuito de combater os desvios no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). De acordo com o superintendente da Polícia Federal, Omar Haj MUssi e o delegado Alexandre Mendonça, os fraudadores desviaram aproximadamente R$ 13 milhões. Só este ano, as fraudes chegam a R$ 1 milhão.

Durante a coletiva, os delegados fizeram o balanço da operação que contou 46 Policiais Federais e oito servidores do Ministério da Previdência Social. Nesta segunda parte da CID-F, foram presos um médico, dois servidores do INSS, 16 segurados. Além de ter apreendido um veículo Volkswagen Golf de um beneficiário. Também foram aprendidos uma série de documentos que comprovam a existência de empresas fantasmas, carteiras de trabalho e guias de recolhimento.

Médicos e contadores envolvidos

A fraude funcionava com os supostos beneficiários entrado em contato com contadores envolvidos que esquentavam as carteiras falsas. E os médicos emitiam falsos laudos. Daí entrava o funcionário do INSS envolvido. Este de posse dos documentos, encaminhava para o médico perito do INSS também envolvido.

Ainda durante a coletiva, os delegados informaram que foram descobertas mais de 30 empresas de fachada que pertenciam à quadrilha. Apenas em uma delas, com 119 funcionários com salários de até dois mil, 50 estavam de benefícios. A pesar de deflagrada em 2011, a operação CID-F 1ª. Parte, a quadrilha continuou agindo.

Pelo benefício fraudulento, a quadrilha cobrava de R$ 3 mil a R$ 5 mil. Já os médicos para emitirem laudos falsos, cobravam de R$ 150 a R$ 200. Os envolvidos vão responder por formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva. Já os segurados, por estelionato.

O que significa CID-F

A operação foi iniciada em 2011, e investigava empresas também de fachada, criadas para esquentar carteiras de trabalha, com o intuito de obter benefícios previdenciários, através de pedidos de auxílios doenças e aposentadorias por invalidez. Por isso, o nome da operação faz alusão a - Classificação Internacional de Doenças -, e o F de fraudes (CID-F). 

por Redação com assessoria

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