Os alunos das escolas públicas municipais e estaduais serão alvo de uma campanha que a Secretaria de Estado da Saúde lançará na segunda-feira (18), com a finalidade de detectar casos de hanseníase e prevenir contra deformidades físicas, que ocorrem com frequência nas mãos e pés. O lançamento acontecerá às 10h, na escola Orlando Araújo, na Ponta Verde, com a participação do secretário de Estado da Saúde, Jorge Villas Bôas.
Maceió é o primeiro município a lançar a campanha, porque concentra 30% dos mais de 400 casos que são notificados anualmente. E está entre as cidades prioritárias para a realização de ações de eliminação da doença, causada pelo mycobacterium leprae, e que acomete principalmente a pele e os nervos das extremidades do corpo.
A gerente estadual de Agravos de Transmissão Respiratória e Sexual, Ednalva Maria de Araújo, explicou que a Campanha de Detecção de Hanseníase acontecerá com a visita dos supervisores dos Distritos Sanitários e técnicos das Vigilâncias Epidemiológicas municipal e estadual, além dos profissionais do Programa Saúde da Família (PSF). “Nas unidades, os alunos serão avaliados e, caso sejam detectados casos de hanseníase, serão encaminhados para realizar o tratamento nas unidades referenciadas”, explicou.
Em 2012, foram diagnosticados em Alagoas 447 casos novos da doença, correspondendo a um coeficiente de detecção geral de 12,64 casos por 100.000 habitantes. “Esse índice é considerado alto pelos parâmetros nacionais e, no caso de Maceió, o coeficiente de detecção é classificado como médio em menores de 15 anos, uma vez que 22 novos casos foram detectados no ano passado”, informou.
Transmissão e sintomas
A transmissão da Hanseníase ocorre de indivíduo para indivíduo, por germes eliminados em gotículas da fala, que são inalados por outras pessoas, penetrando no organismo através da mucosa do nariz. A transmissão também pode ocorrer por meio do contato direto com a pele, através de feridas de doentes.
Os principais sintomas da doença estão localizados principalmente nas extremidades das mãos e dos pés, na face, nas orelhas, nas costas, nas nádegas e nas pernas. Mas é importante ressaltar que a patologia tem cura e que o tratamento, que é realizado nas unidades públicas de saúde, pode durar de 6 a 12 meses, caso seja seguido corretamente.
por Agência Brasil
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