19 Setembro 2014 - 22:27

Mais 15 exames de DNA realizados em mutirão na Comarca de Palmeira

Assessoria
Suposto pai (à direita) durante exame de DNA no Fórum de Palmeira dos Índios

A Escola Superior da Magistratura de Alagoas (Esmal) promoveu, nesta sexta-feira (19), mutirão de paternidade na Comarca de Palmeira dos Índios, Agreste do Estado. Foram realizados 15 exames de DNA, cujos resultados devem ser entregues entre 30 e 90 dias. A coleta do material genético faz parte de processos de investigação de paternidade que tramitam em outras seis unidades judiciárias da região.

Viviane Mascarenhas, coordenadora de projetos da Esmal, ressaltou que a presença do nome do pai na certidão de nascimento é fundamental, já que os filhos sofrem diversas dificuldades por esta ausência. Viviane também destacou a importância deste laço familiar.

“Para o filho, é muito importante ter o nome do pai na certidão de nascimento. Eles procuram, sentem falta dessa presença. Foi uma ação muito boa, apesar de estarem previstos 50 exames, mas apenas 15 terem sido realizados. Ainda assim, [o mutirão] é importante porque iremos constatar se esses homens que estiveram aqui são realmente os pais dessas crianças”, explicou.

A realização do mutirão em Palmeira dos Índios também contou com processos oriundos das unidades judiciárias de Igaci, Maribondo, Quebrangulo, Anadia, Cacimbinhas, Major Izidoro e Paulo Jacinto.

Durante a ação, foram assinadas 14 declarações de não-comparecimento, emitidas quando uma das partes esteve ausente na data marcada do exame.

Aos quatro anos, primeiro contato com suposto pai

Maria Conceição, uma das mães presentes ao mutirão, e que reside em Igaci, destacou a importância do reconhecimento da paternidade. A filha, que fará quatro anos no mês dezembro, teve hoje o seu primeiro contato com o suposto pai durante a coleta do material genético.

“Ela me cobra muito a presença paterna. Quero que minha filha tenha esse carinho, que foi algo que não tive. Desejo que ele seja mais presente na vida dela, que não ajude apenas financeiramente, mas também com o afeto”, afirmou.

Psicóloga palestra sobre o mau uso da internet

O Programa Cidadania e Justiça na Escola (PCJE) realizou, nesta manhã, uma palestra com a psicóloga Poliana Amorim sobre a violência e suas múltiplas formas, com enfoque na questão do abuso sexual. O evento foi direcionado a cem estudantes da Escola Municipal Dr. Gerson Jatobá Leite, que participaram ativamente da discussão.

“Durante a palestra, que foi bem dinâmica, dei destaque ao mau uso da internet, como através do compartilhamento de fotos íntimas por aplicativos como o Whatsapp. É um tema muito amplo, que não se esgota. A grande maioria deles tem acesso à rede, que, infelizmente, é uma ferramenta que facilita a vida, mas também provoca riscos”, explicou Poliana Amorim.

Os alunos também foram orientados sobre de que formas a violência se manifesta, quais os procedimentos a serem tomados e a quem procurar.

por Ascom/TJ-AL

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