20 Outubro 2014 - 08:36

Perseguidos pela Arsal, complementares de Arapiraca paralisam atividades

Arquivo - 7 Segundos
Donos de vans sub judice foram proibidos de circular pela Agência Reguladora de Alagoas

Durante toda esta segunda-feira (20), os transportadores complementares ligados a cooperativas decidiram promover uma nova manifestação em Arapiraca. De acordo com a decisão, tomada em assembleia, nenhum veículo irá circular já a partir das primeiras horas desta manhã. O protesto visa alertar a população e autoridades para a nova onda de perseguição promovida pela Agência Reguladora de Serviços Públicos de Alagoas (Arsal).

A concentração dos trabalhadores vai ocorre na sede da Cooperativa de Transporte Intermunicipal de Passageiros de Alagoas (Coopervan), localizada no Centro de Arapiraca, onde irá ocorrer assembleia que vai deliberar se os transportadores irão percorrer ruas centrais da cidade ou se irão para as rodovias.

Arsal proibiu transportadores de circular

A medida decorreu a partir de uma convocação feita pela Arsal, a transportadores complementares que rodam com decisão liminar do Tribunal de Justiça. Portanto, nenhum deles pode ser impedido de efetuar o transporte de passageiros, até pronunciamento final sobre o caso pelo pleno do TJ/AL. A carta enviada pela agência na última pegou os trabalhadores de surpresa, já com os veículos sendo proibidos pelos fiscais da agência de entrarem no Terminal Rodoviário João Paulo II, em Maceió.

Por mais uma vez, os gestores da Arsal promovem temor entre os transportadores complementares que se negaram a participar das licitações que proibiram a participação de cooperativas. “Ao invés de começarem a arrumar as malas, já que faltam apenas dois meses para esse grupo sair da Arsal, a perseguição aos nossos trabalhadores foi intensificada. Está claro que se trata de uma retaliação política a decisões tomadas pela nossa categoria nas últimas eleições”, explicou o presidente da Coopervan, Marcondes Prudente.

Apoio do governador reeleito

No último mês de setembro, o então candidato ao Governo de Alagoas, Renan Filho, já eleito em primeiro turno, garantiu que a perseguição aos transportadores complementares irá acabar. “Nenhuma agência de regulação vai perseguir o trabalhador. Nós vivemos num estado onde ter emprego digno não está fácil. Não é papel do Estado, tendo um homem ou uma mulher sustentando a sua família fazendo transporte, e a Arsal perseguir e querer desempregar alagoanos. Não vamos permitir isso”, afirmou o então candidato.

O discurso aconteceu na cidade de Girau do Ponciano, durante uma caminhada e carreata que percorreu também as cidades de Lagoa da Canoa e Arapiraca. O governador eleito destacou que sua vontade é de que o transporte público complementar seja feito com segurança para trabalhadores e usuários. 

por Redação com assessoria

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