No último sábado (26), a população de Piaçabuçu foi pega de surpresa pelo bárbaro crime que vitimou um jovem de apenas 14 anos. Reinaldo Matos de Azevedo Júnior foi morto por vários golpes de arma branca (tipo facão). Seu corpo foi encontrado na localidade conhecida por ‘Corredor da Matança’, próximo à saída da cidade, destino Pontal do Peba.
E para falar sobre o crime que envolveu um dos seus quatro filhos, o cabo da Polícia Militar, Reinaldo Azevedo, concedeu entrevista exclusiva nesta manhã de segunda-feira (28), à Rádio Penedo FM (97,3 Mhz e www.penedofm.com.br). Emocionado, o pai contou que não sabe a quem atribuir o bárbaro crime e, ainda afirmou que tudo teve início a partir de conversas pela rede social Facebook.
“Não sei a quem atribuir o que aconteceu com o meu filho. Tenho certeza que nenhuma das famílias que conheço, concordaram com este crime. O que posso dizer, é que Piaçabuçu vai continuar tranquila. As investigações cabem à polícia judiciária. Tenho informações que tudo teve início através da rede social Facebook”, afirmou.
Detalhes do dia anterior ao crime
O pai da vítima, Reinaldo Matos de Azevedo Júnior, de apenas 14 anos, contou detalhes da rotina do jovem e, disse que ele saiu de casa na noite da última sexta-feira (25), dizendo que estaria de volta às 22hrs.
“Ele tinha uma vida tranquila, como os outros irmãos. Acordava às 04h30nin para trabalhar com um familiar que possui uma van, que faz a linha Piaçabuçu/Arapiraca. Quando chegava, descansava um pouco para ir à escola, voltava e ia para o computador, como toda criança. As vezes pedia para ir ao calçadão, encontrar com os amigos. Quando tinha uma festa, dávamos uma brecha para ele ir, mas sempre no controle. E na sexta, não foi diferente. Ele pediu para sair e disse que ele chegasse às 22hrs. Por volta das 21hrs, perguntei a mãe por ele que ainda não tinha chegado. Ainda não estava na hora que especifiquei, fui dormir. Acordei de madrugada, como de costume, para despertá-lo. E ele ainda não estava. Pensei que Reinaldo estava na casa da sua avó materna, como ele fez outras vezes. Acordei outro irmão dele para fazer a trajeto para Arapiraca. Fui descansar de novo, quando recebi uma ligação que jamais pensei em receber, a morte do meu filho”, detalhou Reinaldo Azevedo.
Mais uma vez, emocionado, Azevedo garantiu que não sabe a quem atribuir à morte do seu filho. “Não tenho a quem atribuir. Agora, tenho certeza absoluta, que as famílias de Piaçabuçu não concordam com o que aconteceu. E a família desta pessoa que fez isso, também não concorda. Meu filho não tinha maldade. Não usava o que constamos ver na imprensa. Quero dizer aos moradores de Piaçabuçu, que todos fiquem tranquilos. Apesar da minha família ser muito grande. Vou procurar cuidar dos outros três filhos que precisam de mim e da minha esposa. Todos precisam de mim”, desabafou o pai do jovem assassinado.
De acordo com Azevedo, seu filho foi visto de bicicleta na noite de sexta-feira (25), por volta das 20h30min, próximo ao posto de combustíveis, vindo do local onde provavelmente foi assassinado. Porém, uma pessoa disse que ele recebeu uma ligação e retornou o local de onde tinha vindo. “Meu filho foi visto perto do posto de combustíveis da saída, em uma bicicleta, e uma pessoa disse que viu quando ele recebeu uma ligação e retornou. Então, cabe agora a Polícia Civil investigar. Espero que a Justiça faça a sua parte. Meu filho não retorna mais. Vou procurar cuidar dos meus filhos e da minha esposa”, concluiu o pai de Reinaldo Matos de Azevedo Júnior, 14 anos.
por Roberto Miranda
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