O ex-deputado estadual e federal e delegado de polícia Francisco Tenório (PMN-AL), volta a partir desta quinta-feira, 1º de março, a desenvolver suas atividades usando uma tornozeleira eletrônica. Tenório já foi presidente da Associação dos Delegados da Polícia Civil de Alagoas e também exerceu quatro mandatos de deputado estadual (de 1995 a 2005) e um como deputado federal (2006-2010). O delegado saiu do presídio Baldomero Cavalcanti, em Maceió, no último dia 16 de fevereiro, para cumprir prisão domiciliar, depois de passar um ano atrás das grades.
Apesar das acusações de tramar junto com os deputados estaduais Antônio Albuquerque e João Beltrão, a morte do ex-cabo Gonçalves, em 1996, e também ser mandante da execução do pistoleiro Cícero Belém, em 2005, Francisco Tenório não foi demitido e tem direito a trabalhar, sendo publicada sua nomeação no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira, 29, como delegado-adjunto de acidentes.
As denúncias contra o ex-deputado foram feitas pelo ex-tenente-coronel Manoel Cavalcante, em depoimento a Justiça Alagoana. Cavalcante cumpria pena por várias condenações e, aceitou fazer as revelações em troca da delação premiada que beneficiou o ex-tenente-coronel com a absolvição por clemência.
Em 2010 Francisco Tenório não conseguiu se reeleger deputado federal, sendo preso no dia 02 de fevereiro de 2011 quando seu mandato expirou e ele perdeu a imunidade parlamentar. Até esta data o ex-deputado era protegido pela garantia constitucional e os inquéritos permaneciam trancados.
O delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas, José Edson Freitas, confirmou que a nomeação de Francisco Tenório será publicada na edição desta quarta-feira (29) do Diário Oficial do Estado, e ele deve se apresentar ao delegado titular, Fernando Tenório na manhã desta quinta-feira, 1º de fevereiro. Mesmo voltando a sua função, Francisco Tenório (que apesar do mesmo nome não tem parentesco com o delegado Fernando Tenório) ainda responde a seis processos na Corregedoria da Polícia Civil, correndo o risco de perder o cargo de delegado.
por Rafael Medeiros
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