Nesta quarta-feira (28), a Editora da Universidade Federal de Alagoas (Edufal) promoveu o lançamento do livro Antípodas Tropicais, do poeta alagoano Adriano Nunes. A obra reúne 84 poesias selecionadas e inéditas sobre temas variados, mas principalmente sobre a intimidade profunda, o envelhecimento e a própria arte do fazer poético. Plácido Adriano de Morais Nunes nasceu em Pão de Açúcar, formou-se em medicina há 14 anos e hoje é funcionário público federal. Já traduziu obras de Shakespeare para a editora que está lançando seu novo livro, a Vidráguas, de Porto Alegre.

O autor conta que começou a escrever poesias aos 5 anos de idade. Ainda na infância já recitava poesias na rádio e, aos 11, teve seus primeiros versos publicados no Jornal de Alagoas. "Isso eu só soube 40 anos depois, porque um amigo meu tinha guardado o jornal", relembrou.Antípodas Tropicais foi prefaciado pelo professor Alberto Lins Caldas, do curso de História da Ufal, e é o ponto de encontro de várias dedicatórias. Desse amor embutido é dedicada ao pai de Adriano; Espantalho, ao escritor carioca Antonio Cícero; e Noite avulsa, ao cantor e compositor Arnaldo Antunes.

O estilo mistura influências clássicas e de vanguarda, daí a referência aos "antípodas" no título. "Nas minhas poesias elas não brigam, se harmonizam. O que a poesia moderna fez foi abrir portas, mas não vamos agora abandonar tudo o que já foi feito no passado. Isso não importa, tudo é poesia", declarou o artista.Esse é o segundo livro do poeta, que iniciou suas publicações com Laringes de Grafite, também pela Vidráguas. "O primeiro foi feito com mais pressa. Neste tive oportunidade de trabalhar melhor as poesias", contou entusiasmado.

É a primeira vez que a Edufal promove o lançamento de outra editora. "Estamos inaugurando um novo momento, de divulgar obras alagoanas, mesmo que ainda não façam parte da nossa linha editorial", informou a diretora da Edufal, Stela Lameiras. "Uma editora deve ir além de publicar livros. Todas as atividades que promovem a leitura ou divulgam o conhecimento científico, a poesia e a literatura devem fazer parte de seu plano de ações".

por Ascom - Ufal