16 Julho 2009 - 10:20

Santa Casa de Maceió presta homenagem à Transplantados

Um ato de celebração à vida, o Simpósio de Transplante Cardíaco, promovido pela Santa Casa de Maceió no hotel Jatiúca, reuniu oito pacientes submetidos a transplantesde coração no Estado. A solenidade também serviu de reconhecimento às famíliasdos doadores de órgãos, que pelo gesto de humanidade, mudaram a vida de váriaspessoas.

Na ocasião, os homenageados receberam placas e tiveram direito até a um bolo deaniversário para celebrar o marco histórico dos 20 anos do primeiro transplantecardíaco realizado em Alagoas.

Maria de Fátima Dantas Fernandes, Adriana Pereira, João Lourenço, os irmãos Paulo de Souza e Maria José de Souza França, Josefa Pierre, Jacio Batista, Francisco Sebastião e Amauri Cavalcante são a representação do empenho da equipe médicado setor de Cardiologia da Santa Casa de Maceió, que coloca o Estado comoreferência para todo o Brasil.

Presentes à solenidade, Sebastião Francisco e Paulo de Souza comemoraram,respectivamente, os 20 e 19 anos da realização do transplante. Paulo de Souza,38 anos, residente em São Miguel dos Campos, foi operado há 19 anos e conta que sua vida era horrível. “Eu não fazia nada, não saía de casa e sentia muita dor no peito. Os médicos me disseram que não eu não encontrasse um doador não teria mais que três meses de vida; mas deu tudo certo, eu estou vivo e queroviver muito mais”.

A família de Paulo de Souza tem um histórico de problemas cardíacos que remontamhá décadas. Seu pai e uma irmã morreram devido a complicações cardíacas. Sua outra irmã, Maria José de Souza França, de 41 anos, foi submetida a um transplantehá 7 anos, após um quadro de muito cansaço e dificuldades para andar que a impossibilitava de desempenhar qualquer atividade.

Ela relata que os sintomas começaram aos 19 anos e aos 32 foi constatada agravidade da doença, que só poderia ser revertida através do transplante. Seis meses à espera por um doador, ela conta que não aceitava a ideia de fazer parteda fila de espera por um transplante. Depois da terceira tentativa, finalmente, recebeu o órgão que mudaria para sempre sua vida. A cirurgia foi feita em Fortaleza. O filho de Maria José, de 19 anos, já apresenta problemas de coração e, atualmente, estáv em tratamento.

Fátima Dantas Fernandes, de 53 anos, residente no bairro do Tabuleiro, em Maceió, fez o transplante há 4 anos. “Eu estava muito debilitada, vivia sempre cansada”, relata. A notícia da cirurgia a pegou de surpresa. “Só quando cheguei à Santa Casa é que me disseram que eu iria ser operada. Só tenho a agradecer a Deus pela atenção que me deram”, disse.

Adriana Pereira, a mais recente transplantada, diz que vive uma nova fase em sua vida desde que recebeu um coração novo. Vítima da Doença de Chagas, ela foi operada há 7 meses e relata, feliz, as conquistas. “Antes eu não podia fazer nadaque ficava cansada, hoje tenho uma vida normal”, diz.

por Rafael Medeiros

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