04 Julho 2009 - 09:55

Chapéu e peruca de Jackson se esgotam em SP

Foto: Carolina Iskandarian

Na região da Rua 25 de Março, Michael Jackson não morreu. Nas lojas e nos camelôs do maior centro de comércio popular de São Paulo, objetos que lembram o astro pop estão por toda a parte. Mas não em quantidade. Na sexta-feira (3), chapéus e até a peruca que imita o visual atual do cantor estavam em falta.

Para incentivar os clientes, a vendedora Kátia Aparecida dos Santos, de 22 anos, se vestiu de Michael Jackson. Uma roupa toda preta, luvas brancas, chapéu e até maquiagem branca no rosto compunham o personagem. “Eu me vesti anteontem (na quarta) e as vendas aumentaram. O chapéu acabou”, contou ela, que trabalha em uma loja de fantasias na Ladeira Porto Geral. Quando foi procurar no estoque, uma surpresa. Kátia viu que não havia mais a peruca preta, que imita os cabelos lisos usados pelo ‘rei do pop’ nos últimos anos. “Quem não gosta do Michael Jackson? Agora é a fantasia do momento”. Para garantir que ninguém fique sem os acessórios, o dono da loja já encomendou os produtos. “Agora estamos vendendo mais. Peruca black power e até maquiagem para o rosto”, disse Michel Feghali.

Em outro estabelecimento ali perto, também especializado em fantasias, mais lucro e pedidos depois do anúncio da morte de Michael Jackson no dia 25 de junho. “O pessoal tem procurado a peruca com o cabelo que ele usava agora. Está vendendo bastante. Toda hora tem que repor”, afirmou a vendedora Linda Carter Martins, de 29 anos, que oferece o adereço a R$ 25. O par de luvas brancas custa R$ 5.

 

Músicas

Em todas as esquinas da região, camelôs tocam nos alto-falantes músicas da moda. Em meio à mistura de ritmos, que vão do forró ao rock, canções de Michael Jackson. Os ambulantes comemoram o sucesso nas vendas.

“Essa semana saiu bem mais do que o normal. As pessoas falam que é para guardar de recordação”, contou Ribeiro da Silva, de 46 anos, que vende o material pirata. Entre os DVDs que ainda restavam na tabuleta, estavam “Bad” e “Number One”. O álbum “Thriller” estava em falta. “Vou repor tudo para amanhã (sábado)”, prometeu.

Um pouco mais adiante, Diego Souza Lima, de 21 anos, deixava à mostra os únicos três DVDs que ainda restavam do astro. “De segunda-feira para cá vendi uns 30. Está saindo muito. O pessoal vai guardar de recordação”. Se a concorrência é grande, o preço é um só. Um DVD por R$ 4. Na “promoção”, três saem por R$ 10.

por Rafael Medeiros

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