Um menino de apenas oito meses que deu entrada no Hospital do Açúcar na última segunda-feira, 03 de setembro, continua em estado grave. A criança teve 10 costelas quebradas e pode ter sido vítima de abuso sexual. O bebê chegou a ser levado para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas a ausência de leitos fez com que ele fosse transferido para o Hospital do Açúcar de Maceió, onde atualmente respira por meio de um ventilador mecânico e corre risco de morte.
O menino foi levado ao hospital pelos próprios pais que residem no município de Novo Lino, distante 98 km da capital alagoana. O pai do bebê, identificado como Antônio Benedito, contou que a criança estava passando mal porque caiu de uma calçada de cerca de 1 metro e meio de altura. Já a mãe do menor, declarou que não presenciou o fato porque tinha ido ao mercado fazer compras.
Após o garoto ser submetido a exames mais detalhados, os médicos do Hospital do Açúcar passaram a desconfiar da conversa contada pelo pai da criança. A desconfiança aumentou ainda mais quando os médicos constataram dentro do organismo da criança a presença de uma secreção de cor clara contendo espermatozoides, o que leva a crer que o bebê também foi abusado sexualmente.
A diretora médica do hospital, Magna Régia, conversou com a imprensa na manhã desta quarta-feira, 05 de setembro, e contou que o caso é bastante grave. Segundo ela, o garoto está sedado e medicado com antibióticos. Ainda de acordo com Magna, o fato que mais descaracteriza a versão contada pelo pai da criança é a ausência de hematomas externos pelo corpo do paciente, coisa que naturalmente apareceria se realmente houvesse ocorrido a queda.
Peritos do Instituto Médico Legal já fizeram o exame de conjunção carnal na criança com o objetivo de descobrir se houve ou não o abuso. O laudo deve ser emitido dentro do prazo máximo de 10 dias. O principal suspeito pelo crime é o pai da criança, que já prestou depoimento ao delegado Silvio Costa, titular da Delegacia Regional de Novo Lino. Ele nega as acusações.
A Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas, e o Ministério Público Estadual já tomaram conhecimento do caso. O Conselho Tutelar de Novo Lino está em sintonia com o de Maceió, acompanhado todos os passos do inquérito que deve esclarecer a covardia e monstruosidade praticada contra uma criança de apenas oito meses de vida.
por Redação
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